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Os sete de ouro

Navegando pelo universo cibernético, me deparei com uma relação de nomes...

João Eurípedes Sabino
Publicado em 11/09/2015 às 21:36Atualizado em 16/12/2022 às 22:21
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Navegando pelo universo cibernético, me deparei com uma relação de nomes que julgo ser de interesse dos mortais como eu. Não invejo as celebridades anotadas; afinal, cada uma deve ter feito jus para estar na lista.

Visando não cansar o(a) leitor(a) com tantos cifrões, me permito citar, na ordem decrescente, só os sete homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Ei-los: 1º- Jorge Paulo Lemann (25bi), 2º- Joseph Safra (17,3bi), 3º- Marcel Hermann Telles (13bi), 4º- Carlos Alberto Sicupira (11,3bi), 5º- Roberto Irineu Marinho (8,2bi), 5º- João Roberto Marinho (8,2bi), 5º- José Roberto Marinho (8,2bi). 6º- Eduardo Saverin (5,1bi), 7º- Abílio Diniz (4,4bi). Tudo em bilhões de dólares!

A planilha tem centenas de endinheirados que se apresentam como tal. Lendo o histórico de cada um dos sete, concluí que eles, para chegar aonde chagaram exerceram as máximas: “Dinheiro não leva desaforo”; “Dinheiro não tem dono, ele só muda de mãos”; “Quem investe, sempre reverte”; “Dinheiro chama dinheiro”; “Fica-se rico, não com o que se ganha, mas com o que se guarda”; “Quanto maior é o risco, maior é o lucro”; “Dinheiro não é problema, é solução”. E outras.

O luxo é tão comum na confraria, que ninguém ali pensa pequeno. Quem quiser conhecê-la, que fique à vontade.

É o ápice da nossa pirâmide social que decide para todo o seu corpo, ou seja; a nação brasileira com mais de duzentos milhões de habitantes. São fortunas que deixam muitos ricos do passado debaixo do chinelo. Não há como imaginar nossos bilionários morando fora de castelos sem torneiras de ouro. Só não dá para esquecer que a água ali servida é a mesma que brota do subsolo e serve a um casebre. E o ar que respiramos é o mesmo deles.

Por que faço estas citações? É que vivemos na ilusão de estarmos num país pobre. Estamos, sim, numa pátria abastada, onde o povo paga a conta, além de ser tratado como imbecil à medida que a distribuição de renda escoa tão lenta que, quando chega aonde deve, já não adianta.

Além do necessário tudo é demais. Por que tanta opulência para uns e carência para tantos? Isso prova que ser bilionário é um privilégio a ser exercido com sapiência num mundo onde entram pouquíssimos viventes. Desse “mundo” para o nosso, o caminho a percorrer é menor do que um passo. Basta não dá-lo com firmeza.

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