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Crise?

Sim, estamos em crise! Se ela é moral, se ela é política ou se é de credibilidade

Fulvio Ferreira
Publicado em 09/09/2015 às 19:22Atualizado em 16/12/2022 às 22:23
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Sim, estamos em crise! Se ela é moral, se ela é política ou se é de credibilidade já não há mais necessidade de se definir. O fato é que, tenha a origem que tiver, hoje ela se alastrou e corrompe nossas finanças e valores.

Não me refiro ao patrimônio do país ou ao valor da Petrobras ou aos milhões canalizados à refinaria de petróleo localizada em Pasadena, no Texas, nos Estados Unidos.

Refiro-me ao dinheiro que cada um traz em sua carteira e que serve para pagar as contas do dia a dia. Àquele dinheiro que é fruto do seu labor, com sacrifício, dedicação e honestidade.

Refiro-me à firmeza do emprego, porque as empresas onde cada um de nós trabalha, estão sufocadas com tantas obrigações e vai chegar um dia em que as demissões serão inevitáveis porque a cada dia que passa se vende menos, se produz menos.

O grande compositor argentino León Gieco, na obra "Sólo le pido a Dios" (Eu só peço a Deus; no Brasil imortalizada nas vozes de Mercedes Sosa e Beth Carvalho) escreveu  "... Eu só peço a Deus, que a guerra não me seja indiferente, é um monstro grande e pisa forte toda pobre inocência desta gente..."

Todos nós, neste período amargo da história, estamos no mesmo barco. Sejamos empregados ou empregadores, estamos sufocados por tanta mentira e por tanta lama. Nossas economias sendo reduzidas e a capacidade de reinvestimento e modernização das empresas indo a zero. Enquanto isso os "paladinos da verdade" se esforçam em criar novas histórias onde possam nos manter iludidos e dispostos a pagar uma conta que não é nossa.

Precisamos acordar! É hora de afastar todos os ogros desta Nação, enquanto ainda temos forças, enquanto ainda possuímos uma chama de esperança.

Daqui, da minha humilde resiliência, torço para que aprendamos muito com este período. Que realmente esta guerra onde prevalece o embuste, os mandos e desmandos, nos ensine, de uma vez por todas, a sermos mais céticos, mais atentos e que não aceitemos mais a mentira como prato do dia.

E oxalá a inocência deste jovem país definitivamente se transforme em maturidade que se inicie na capacidade de enxergar, passe pelo discernimento e deságue nas atitudes salutares e proativas que só um povo maduro consegue ter.

(*) Empresário, palestrante e consultor em comércio varejista fulvioferreirapalestrante.blogspot.com [email protected]

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