Também conhecido por puxa-saco é, na minha concepção, um dos mais abomináveis indivíduos dentro de uma sociedade. Os bajuladores são aqueles que estão sempre elogiando os que estão no poder. São os criadores de ilusões. Mesmo sabedores da ineficiência do gestor, não perdem a oportunidade de dar uma puxadinha de saco. Não sou a favor de hipercríticas ou críticas que nada constroem, porém eu fico com o pé atrás quando alguém elogia pessoas que não possuem qualidades para o cargo que ocupam; pode soar interesse pessoal. Costumo dizer que, comumente, exaltam qualidades inexistentes. Transformam ignorantes em sábios, ladrões em honestos, incompetentes em salvadores da pátria. Para o bajulador, eles são os maiores dos administradores – o exemplo a ser seguido.
Por outro lado, é necessário que se faça uma investigação profunda na vida de quem ocupa ou deixa um cargo público. Não valem denúncias que transformam pessoas honradas em bandidos; é preciso ter a certeza de que ele jamais se apropriou, indebitamente, de um centavo do erário. Antes de exaltar uma pessoa, verifique seu currículo. O que ele realizou ou está realizando em prol da humanidade. Não basta ocupar cargos, é preciso honrá-los. Aprendi, desde cedo, que não é o cargo que honra o homem, mas é o homem que honra o cargo que ocupa.
Outro problema que me causa indignação é constatar que certos indivíduos nunca deixam o poder, independente da troca de comando. Estão sempre mamando nas tetas do governo – isso é uma arte nas mãos dos bajuladores. Quando o governante deixa o poder, os puxa-sacos, imediatamente, passam para o outro lado, criticando o anterior. Eles são verdadeiros artistas. Na arte de bajular e de fofocar são incomparáveis.
O bajulador existe desde o momento em que o homem passou a viver em sociedade. É necessário, no entanto, saber distinguir entre o falso elogio e o elogio sincero, leal, verdadeiro, sem interesses escusos e sem hipocrisia.
Queres conhecer o bajulador? Ocupe um cargo.