ARTICULISTAS

Perigo da omissão

Diante da leva de afrontas que pairam sobre a nova cultura, dos conflitos engenhados

Dom Paulo Mendes Peixoto
Publicado em 11/07/2015 às 19:54Atualizado em 16/12/2022 às 03:24
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Diante da leva de afrontas que pairam sobre a nova cultura, dos conflitos engenhados e da subjetividade dos conceitos que cada indivíduo procura defender, não podemos ficar numa posição de desavisados, de desconectados com os princípios que asseguram uma realização sustentável. Corremos o risco da omissão, principalmente porque “quem cala consente”, diz o ditado popular.

Nos dizeres do papa Francisco, o mundo necessita muito de conversão, de atitudes mais coerentes com a realidade da pessoa humana. No respeito pela liberdade, Deus chama e envia as pessoas contando com seu maduro discernimento para conquistar o bem. E não há acepção na escolha. Todos os filhos são passíveis do agir paterno do Pai, que ama a todos sem distinção.

Uma das causadoras dos males no mundo é a conquista de interesses egoístas. Quem age assim não consegue degustar e nem acolher a docilidade proporcionada pela Palavra de Deus. O mal incomoda e provoca reação por parte de quem tem a dimensão do bem. Não agir é ser conivente com uma realidade em questão.

Questões preocupantes no moment maioridade penal, ideologia de gênero e flexibilização da lei do desarmamento. Dependendo das decisões e da prática como serão conduzidas, as consequências poderão ser drásticas para o futuro. Quanto à maioridade penal, o que precisa ser feito é colocar em prática as leis socioeducativas e penalizar com gravidade quem usa de menores para praticar crimes.

A ideologia de gênero nas escolas, da forma como tem sido colocada, é uma afronta aos pais, mesmo eles não tendo total habilidade para tratar do assunto, e aos educadores. Não é saudável complicar a mente das crianças no ambiente educativo, aproveitando o fato delas estarem longe dos olhares de seus pais.

A flexibilização da lei do desarmamento pode causar uma sociedade do terror. O assaltante vai agir com muito mais violência porque a vítima pode estar armada. Creio que o caminho não é esse, mas o de uma política de mais investimento na segurança pública, no controle das armas e no combate ao tráfico.

(*) Arcebispo de Uberaba

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