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Dar crédito

Pelo caminhar da carruagem, no dizer do ditado popular, não está fácil acreditar

Dom Paulo Mendes Peixoto
Publicado em 04/07/2015 às 19:02Atualizado em 16/12/2022 às 23:27
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Pelo “caminhar da carruagem”, no dizer do ditado popular, não está fácil acreditar na identidade das pessoas. Estamos assistindo a um cenário desolador. A corrupção está por todo lado, fazendo do Brasil um país marcado por uma cultura em plena decadência moral e ética. É pena que isto esteja acontecendo, porque a autoestima do povo também vai minando e perdendo de vista a esperança.

Há uma pertinente rejeição da Palavra de Deus como perfil de conduta ética. O próprio Deus da vida vai sendo deixado de lado. As referências de fé estão sendo abandonadas com muita facilidade. As consequências disso não têm sido boas, causando desânimos e dificuldades na condução dos compromissos de vida. Todos os brasileiros sofrem e têm que enfrentar os desafios cotidianos.

A presença de Jesus Cristo na vida dos judeus causou admiração e recusa. Isso revela a divisão que, em todos os tempos, existe na sociedade, formando duas correntes de pensamento na vida da comunidade. A daqueles que agem para construir o bem e a dos que maquinam atitudes destruidoras e más para a população. Parece que a dimensão do mal tem crescido de forma assustadora.

Deus dá às pessoas a sabedoria e o poder para construir a cultura do amor e uma sociedade saudável. As hostilidades do coração humano são sinais de incredulidade no poder do Senhor, é a falta de fé que impede a pessoa de construir o Reino de Deus. Diante disso, sentimos o domínio do antirreino, da destruição das realidades naturais.

Não podemos ser uma “nação rebelde”, anticristã e em confronto com uma história, que teve suas origens na colonização. A marca da profissão de fé esteve sempre presente, amaciando os corações endurecidos, obstinados e irreverentes. Não temos desculpas para fazer o erro.

Os desvios de conduta de muitas pessoas causam angústias, sofrimentos, principalmente quando ofendem a dignidade da vida. Não podemos também ser mensageiros do mal e nem comodistas diante dos desvalores que ameaçam a sociedade e deixa muita gente infeliz e sem perspectiva de condições melhores.

(*) Arcebispo de Uberaba

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