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Pedaladas legais

Estamos vivendo neste 2015, o ano com maior sensação de insegurança econômica e financeira deste nosso novo século

Karim Abud Mauad
Publicado em 22/06/2015 às 11:34Atualizado em 16/12/2022 às 23:37
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 Pedaladas legais

Estamos vivendo neste 2015, o ano com maior sensação de insegurança econômica e financeira deste nosso novo século. Maior até que a ocorrida nos anos 2008 e 2009, quando o mundo balançou e o Brasil se equilibrou. Aquela foi uma "marola" e agora é um tsunami. Este é o cenário posto e com certeza a dificuldade sentida por todos no seu dia a dia. Estamos convivendo com falta de crédito, desemprego formal e informal, pois até os chamados "bicos" desapareceram, juros e inflação alta e onde mais percebemos na compra de alimentos, combustíveis, notadamente a gasolina, energia e água com os preços nas nuvens e, o pior, não são nuvens de chuva.

O dolorido para nós é que nossa pedalada financeira esbarra em valores estratosféricos de juros, IOF, correções e taxas bancárias, média 200% a.a no cheque especial e 300% a.a no cartão de crédito, o que faz qualquer dívida mais que triplicar ao final de 12 meses. Por esses dias, vimos jornalistas na TV torcendo para 2015 acabar. E 2016, 2017...? As perspectivas são sombrias.

Pessoas que conheço adorariam poder fazer as manobras fiscais e contábeis implementadas pelo Governo Federal em 2014. O fato é que nem os bancos, o fisco e credores normais aceitam essas manobras. A máfia americana se quedou nos USA do início do século passado por problemas com o fisco, mesmo escapando dos outros delitos. Agora, o governo brasileiro tentará escapar das garras do Tribunal de Contas da União (TCU). Esse filme terá seu desenrolar nos próximos trinta dias. A resposta virá com o tempo, e cheira a nova rodada de pizza em Brasília. A pizza também encareceu, mas ainda é mais barata e fácil de fazer, que trocar um presidente, mesmo com a Lei de Responsabilidade Fiscal em plena vigência.

Se não temos esta opção das pedaladas e aproveitando que seis meses do ano já se passaram, é hora de rever os planos, custos e ganhos. Verifique se seu ano financeiro já está em junho, ou se algum valor ficou no passado. Infelizmente, várias são as pessoas que estão com o orçamento em março, entrando abril do corrente ano. Refaça suas contas, a tendência para o segundo semestre é termos um alívio, ou a perspectiva de alívio, pelo fato de já termos ou estarmos quitando os impostos de início de ano, tipo IPVA, IPTU, materiais, matrículas e uniformes escolares, entre outros, enfim, o dito popular de passar um semestre trabalhando para o governo e chance de trabalhar um semestre para nós e nossas famílias. Faça seu dever de casa para sobrar algum para ordenar sua vida financeira, limpando as contas em atraso e, se ainda assim não for possível, reprograme com seus credores em parcelas que caibam no seu orçamento, visando a redução dos encargos que sufocam sua condição de vida.

Para quem está com as contas em dia, o importante é verificar o que pode poupar e o que investir. O alerta é o cuidado com preços baixos e promoções que não consideram suas necessidades. É o momento de todos usarmos a crise para rever conceitos e hábitos. Verifique a melhor maneira de olhar para o futuro, pois não será na aposentadoria oficial que sua vida se estabilizará.

Leitores, este é um tema recorrente, pois a saúde financeira se reflete em nossa vida como um todo, seja na parte física ou emocional.

Faça seu dever de casa, na Crise temos boas oportunidades de investirmos na mais importante de todas as empresas, VOCÊ.

 

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