Confesso a você leitor(a) não saber ao certo como começar esta crônica
Confesso a você leitor(a) não saber ao certo como começar esta crônica. O tema que me proponho escrever é realmente indigesto, mas fazer o quê? Se eu não o abordo, outros o farão, portanto, vamos lá:
Ficamos sem o empresário Antônio Alberto Stacciarini, à maneira de tantos outros. O mistério de sua morte no dia 02/04/2011 continua, como se não tivesse morrido um homem exigente no cumprimento do dever. Alguém o abateu tendo os olhos fixos na certeza da impunidade. Esse é apenas um caso de numa série interminável.
Perdemos os direitos e garantias individuais. Foi embora a sensação de segurança. Cada um espera o dia de ser assaltado. A propriedade é, e não é, do seu legítimo dono. A vida foi banalizada, custa tão pouco e o bandido está perto de ser tratado de excelência. Conseguiram implantar em nós a síndrome de que não adianta reclamar. Em tudo e muito mais, está a impunidade.
A violência avança e o Estado recua numa eloquente demonstração de que o poder paralelo está vencendo a parada. Tanto é assim que ela, a violência, é negócio altamente lucrativo em todos os sentidos. Leis existem, porém as brechas estão para elas assim como as rachaduras estão para as obras civis malfeitas. Enquanto isso, as condenações servem só para testar o talento dos defensores e os vitimados são transformados em réus.
Num caso concreto, a pessoa assaltada não viu de volta o dinheiro que o ladrão lhe roubou sob a mira de um 38, simplesmente porque não requereu ao juiz(!!!). Tudo isso é respaldo para a impunidade que não para de crescer! Estamos diante da redução da maioridade penal. Já antevejo crianças de 14, 12, 10 anos ou menos, empunhando armas. Haja bleach para maquiar a face do problema e tapetes para encobri-lo!
É ilimitado o uso da inteligência para a prática da ilicitude. Com um simples dado nosso, diga-se, o CPF, a pessoa de má índole pode nos causar um quilométrico aborrecimento mesclado a grandes prejuízos. E os estelionatários rodam à solta.
Ainda bem que nenhum dito “fora da lei” fica impune perante as Leis Maiores.