Quem é meu filho?

Certa vez ouvi dizer que “os filhos são ilustres desconhecidos que vão se apresentando aos pais ao longo da vida”. Não raras vezes encontro pais que ficam pasmos quando se deparam com atitudes questionáveis dos filhos e, como seus genitores, voltam a si mesmos, buscando resposta para a pergunta: quem é meu filho?

Em contrapartida, muito me alegra ver pais felizes quando mencionam seus filhos pelos feitos que realizam e esses, com isso, demonstram de forma eloquente ter feito bom uso das lições e exemplos recebidos. Os filhos, segundo o que aprendi com a Logosofia, devem ter a educação iniciada dez anos antes de nascer. Extremismo? Excesso de zelo? Não, absolutamente. É que os filhos, por serem obra interminável, requerem bases pré-dimensionadas e sólidas para edificar suas vidas e nesse contexto entram fatores tais como a herança espiritual, o destino, a estruturação psicológica, além de outros aspectos da mesma transcendência.

Os pais são responsáveis pela obra que geraram, os seus filhos; todavia, o funcionamento e uso das potencialidades dessa obra que é a própria vida cabem exclusivamente a seus donos. Na apresentação que os filhos se fazem aos pais ao conduzir suas vidas fica nitidamente expressa a resposta: “Papai, mamãe, nós somos vocês melhorados ou piorados!”. Ótimo se forem melhorados.

Na educação comum, em todo o mundo se observa o esforço de renomados especialistas para descobrirem o universo da criança. Há notáveis descobertas, porém a maioria delas fica muito aquém do desejável à medida que não levam o pequeno ser a adentrar em si mesmo. Se os próprios filhos não se conhecem, óbvio é que seus pais sigam sem conhecê-los e se perguntand quem é meu filho?

O pai deve “descer” com o muito que sabe até o filho, para que esse “suba” com o que não sabe até seu pai, afirmou-me um pai pesquisador. Analogia simples que ilustra a importância da aproximação natural entre pai e filho para que bons conceitos lhe sejam transmitidos. Em não sendo assim, surgem falhas que influenciam na formação do filho, além de resultar no afastamento e o consequente desconhecimento de ambos. Não se conhece o que é mantido distante.

A ciência Logosófica, com seu método original, apresenta conceitos didáticos assimiláveis ao conhecimento de si mesmo, de Deus, suas Leis e do mundo mental que nos rodeia, interpenetra e influi poderosamente em nossas vidas. Maria Lúcia da Silveira, docente de Logosofia em Belo Horizonte, no dia 28 de agosto de 2015, às 19h30, nos brindará com elucidativa palestra que abordará o tema sugestivo e oportun Quem é meu filho?. Local: rua Capitão Domingos, 384 – Uberaba.