ARTICULISTAS

OS RECLAMÕES

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 06/04/2015 às 11:47Atualizado em 16/12/2022 às 03:33
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Há poucos dias conversando com meu amigo Marcos Jammal, ele comentou quanto à quantidade e a qualidade das reclamações que ouvimos no nosso dia a dia. Rimos muito ao verificar que, em linhas gerais, a grande maioria das pessoas que conhecemos, reclama de tudo e de todos e acha que nada está bom.

Afinal quem não teve contato com uma pessoa portadora dessa síndrome que assola o Brasil, principalmente nestes tempos “pós-eleição presidencial”?

Na internet, com destaque para o Facebook, vamos encontrar o “Reclamão Político”, viciado em notícias de rádio e tv a cabo, sempre tendo algo a dizer e raramente ficando calado, seja ele da direita ou da esquerda, grita, esbraveja, fala mal de todos, bloqueia “amigos”, aponta todos os políticos como corruptos, todas as corporações, chama o Estado de intervencionista e afirma ser a Presidente culpada por todos os males da sociedade.

Têm os famosos “Reclamões Ecológicos”. São lobos revestidos de cordeiros, sempre revoltados, postando fotos e filmes na internet sem moverem uma “palha” para resolver qualquer problema dos animais ou do aquecimento global. Vivem sempre culpando o governo ou apontando o dedo contra os produtores de alimento e pesquisadores. Adoram aparecer nos jornais e reportagens sensacionalistas.

Existem milhares de tipos de “Reclamões”. Eles estão por toda parte, pensando sempre que o mundo gira em torno deles e que há uma eterna conspiração de tudo e de todos contra eles.

Não sei se você já parou para analisar a quantidade de “Reclamões” que existe no nosso dia a dia? Pare um só minuto e reflita sobre os “Reclamões” no nosso lugar de trabalho; dos que nos visitam; aqueles que fazem atendimento; os colegas de salão de cabeleireiro e companheiros da cervejinha; sem contar os “amigos” do Facebook que, todos ou pelo menos a grande maioria, não aceita opinião de ninguém, sobretudo, quando se critica o seu modo de agir.

Lendo os textos de Victor Oliveira, em um deles, ele diz que os “Reclamões” falam usando sempre a primeira pessoa, acreditando ser o centro do mundo, expondo opiniões sobre tudo, entrando em polêmicas desnecessárias apenas para impor o ponto de vista, ficando chateados quando discordam de suas opiniões.

Imaginem milhares de pessoas que pagavam alugueres superiores a R$900,00 receberam casas do Programa Minha Casa Minha Vida, com toda infraestrutura, aquecedor solar e prestações de mais ou menos R$50,00, cujo valor total variam de 4 mil a 12 mil reais, incluindo terreno e casa. Ainda assim lotam diariamente a Cohagra para reclamar do muro, culpando a presidente pelo tamanho da casa, indo nos programas de rádio, televisão e nas colunas dos jornais reclamarem que a prefeitura não limpou seu terreno cheio do lixo, jogado por eles mesmos durante meses, e que agora está cheio de bichos peçonhentos.

Existem os “Reclamões Rabugentos” que por serem recalcados, mal amados e lorpas, reclamam até mesmo se formos dar um “Bom Dia”, seja de forma pessoal, pelo grupo de amigos do Whatsapp ou pelo Facebook.

Mas para alcançarmos a felicidade, nem se for por instantes, devemos reclamar menos e agir mais, pois quando envelhecer, notaremos que valeu a pena sermos lembrados por nossas atitudes positivas.

 

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