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PROTESTOS

Estamos saindo de um final de semana de manifestações e reclamações pelo Brasil, nosso estado e nossa cidade não fugiram à regra do dever cívico

Karim Abud Mauad
Publicado em 16/03/2015 às 10:53Atualizado em 17/12/2022 às 00:59
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 PROTESTOS

Estamos saindo de um final de semana de manifestações e reclamações pelo Brasil, nosso estado e nossa cidade não fugiram à regra do dever cívico. Durante dois dias, especificamente nos dias 13 e 15/03/2015, os dois lados da última eleição presidencial, ou melhor dizendo, os dois grupos que tornaram épico o último pleito presidencial se postaram nas trincheiras democráticas de reivindicação de mudanças, já que ambos os lados estão descontentes com algo, alguém ou alguma coisa. E estranhamente em vários momentos descontentes com a mesma coisa.

Manifestações à parte, creio que todos devemos refletir sobre os descontentamentos latentes e sobre as necessidades de pontos de entendimento para o País voltar a respirar mais trabalho e menos insatisfações. Não consigo perceber qualquer dos grupos ganhador, pois é notório que quem ganhou começa achar que perdeu e quem perdeu acredita que ganhou..., a paralisia é total. Neste espaço quando da posse do novo Congresso, desejei que todos cumprissem o que prometeram em palanque, fazer diferente e fazer diferença. Creio ser este um dos poucos caminhos que temos, pois é necessária uma agenda mínima, entre situação e oposição, independente da legitimidade das ruas e das investigações, para que a vida real e, neste caso a economia, possa deslanchar rapidamente.

Recentemente presenciei Roberto Velludo, presidente do Sinduscon, preocupado com a empregabilidade do setor da construção civil em nossa cidade, pois se percebe o fantasma do desemprego chegando, apesar dos recentes bons índices do Caged local. Isto é preocupante, pois este setor emprega mão de obra intensiva, não necessariamente no seu todo qualificada e que foi responsável pelo aquecimento do consumo nas diversas esferas sociais. Este é um fato relevante e preocupante e este dado é nacional.

Cabe aos atores envolvidos, por mais legítimas que sejam suas aspirações, convergirem para este projeto da agenda que garantirá a governabilidade. Creio que as principais reformas ansiadas Brasil afora sejam integrantes desta agenda, pois não podemos conviver com tantos remendos legais. Que possamos usar este momento de crise, com brasileiros escandalizados com desmandos e falcatruas, para reformarmos a política eleitoral, a carga tributária, os penduricalhos fiscais, previdenciários e trabalhistas, modernizando, inovando, reduzindo desperdícios e respeitando direitos em todas as áreas, mas direitos que sejam percebidos pela coletividade e não apenas encarados como privilégios de poucos. Que Executivo, Legislativo e Judiciário comecem a criar os mecanismos que permitirão ao Brasil aprender com este difícil momento. Que os sacrifícios exigidos compensem e nos permitam acreditar não no país do futuro, mas acreditar em termos um futuro.

Em pleno século XXI, deveríamos trazer o País para a modernidade, pois apenas arremedos eleitorais, travestidos de sociais não é mais sustentável. Que essas reformas venham acompanhadas de investimentos em infraestrutura, pilar que nos resta para o desenvolvimento.

Que os protestos, exitosos ou não, sirvam para facilitar o entendimento de Nação que queremos construir para as próximas gerações.

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