“A praça é do povo, como o céu é do condor”, já dizia o poeta.
Castro Alves continua atual com sua poesia revolucionária!
Não há melhor meio de manifestar do que se dar as mãos e ordeiramente expor as razões de nossas inúmeras insatisfações.
E é isso que aplaudo e vejo finalmente acontecendo.
Vários grupos familiares e sociais se rebelam contra os constantes desmandos e assaltos ao bem-comum e ousam sair de sua cômoda rotina, jogam o medo para o lado e vão clamar para ser ouvidos.
“Chega de corrupção, menos impostos, mais educação, menos gastos administrativos, mais saúde, Fora PT”...
Seja qual for a gota d’água que provocou o turbilhão, o importante é que agora o barulho está se tornando ensurdecedor e vem de camadas até então insuspeitas.
E isso é muito bom!
Talvez assim nossa “grande chefa” coloque a insuspeita habilidade feminina de reagir com justiça, em momentos de tensão, e ouça o clamor da multidão, tentando entender o porquê da gritaria, sem atribuir a culpa a outros que não à sua própria arrogância e incapacidade de gerir e negociar.
Há muito a ser feito. Para mim, especialmente, o foco será sempre a educação. Não consigo enxergar a redenção de um povo se não houver um investimento maciço e constante em educadores e educandos.
Com isso, melhoraremos a qualidade do voto e promoveremos as verdadeiras mudanças sociais, pelas quais hoje estamos sofrendo as nefastas consequências da falta de investimento.
Sei que agremiações partidárias estão desacreditadas e sem líderes carismáticos. Mas, se estão letárgicos, ou sem terreno para trabalhar, depende de nós estimulá-los e mostrar-lhes o caminho. São nossos representantes...
Os tempos estão difíceis para quem ainda acredita na justiça social.
E creio que o desconforto geral não será rápido, pois ele é fruto de muitos anos sem manutenção e sem reparo.
Portanto, caro amig diga adeus ao comodismo. Não perca mais tempo reclamando ou pensando como deveria ter sido.
Acima de tudo, não deixe que o medo, seja ele qual for, o domine e escravize.
É preciso agir agora. Sem radicalismo, sem violência!
Venha pra rua, você também...
(*) Mãe de família