UBERABA
Neste dia de festa e alegria para nossa cidade, esta boa terra no auge do agora mantido oficial aniversário dia 02 de março, na plenitude dos seus 195 anos, merece um balanço de passado, presente e futuro.O passado glorioso de conquistas, pujança e fartura, quando tudo primeiroacontecia e passava por aqui, criou em nós um sentimento de soberba e orgulho, que nos torna eventualmente inertes e desatentos com a permanente necessidade de manter viva esta chama de inovação dos nossos antepassados.
Difícil a roda de prosa, onde não encontramos alguém com uma boa história dos nossos desbravadores, lembrando o tempo da chegada do zebu vindo da Índia, do nosso processo industrial com a famosa Produtos Ceres, para ficar em um exemplo, da pujança do comércio, e os inúmeros prêmios da saudosa PAN MAC, também para ficar em outro exemplo. Não pretendo aqui rememorar nossa história, deixo esta tarefa para os nossos historiadores e aqui cito o querido Guido Bilharinho, que me presenteou com momentos de riqueza do saber da nossa gente, quando presidi a ACIU e juntos com a ALTM, lançávamos revistas literárias e acadêmicas. Livros antigos, livros atuais, os acervos dos nossos jornais, a própria história do Rotary em Uberaba, nestes últimos 87 anos por aqui, feitos tão exaustivamente divulgados nesta última semana e que nos permitem sentir orgulho de nossa gente e nosso passado.
Talvez aqui possamos entender e por tudo isto brevemente citado, e se o leitor se sentir impelido a uma busca mais pormenorizada desta história
retratada e tão bem guardada em nosso Arquivo Municipal, serem estes os motivos que nos façam hoje ter um sentimento de perda, de achar que ficamos para trás, pois nestas mesmas rodas, tem sempre alguém para lembrar do crescimento das paulistas Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, e claro, da vizinha Uberlândia. Não vou entrar nesta discussão, não é o foco do artigo, e sim como tenho falado com muitos destes conterrâneos, ser apenas o diagnóstico e não a condenação à inércia permanente ou a desculpa para nada fazer, ajudar ou construir.
Se o uberabense rodar a região, Minas, o Brasil e o mundo, verá que como todos temos virtudes e defeitos, pontos positivos e negativos, maravilhas e
necessidades, como qualquer cidade; talvez esteja faltando não fazer o diagnóstico apenas, mas ajudar de forma ativa e pró ativa na constatação do que é bom e efetivamente contribuir para melhorar o que enxergamos como mazelas ou defeitos. Brinco com os mais próximos, para deixar a solução da mesa de bar do final de semana e agir efetivamente de segunda a sábado.
Resolver os problemas de fato e não apenas pelos veículos de comunicação ou mídias interativas.Vejo ainda que muitos não percebem que os grandes investidores acompanham tudo em tempo real, e quando a própria população desvaloriza seu município, o que nos restará? Este é um ponto para reflexão e ação futura, pois aí entra a fase mais importante para o legado que queremos deixar para as futuras gerações, qual o real planejamento que fazemos, olhando nossa Uberaba hoje e pensando no aniversário dos 200 anos, quem sabe dos 210 e por aí vai...
A ideia é cada um fazer sua parte dentro do seu campo de atuação pessoal,profissional, classista, social, político e diagnóstico feito, solução
planejada, partirmos definitivamente para sua implantação, monitoramento e eventuais correções de rumo, além da necessária atenção às oportunidades que surgem no dia a dia, com flexibilizações oportunas rumo ao desenvolvimento desta terra amada. Finalizo lembrando que todos devemos aliar teoria com prática e o perfeito
entendimento de projetos e conceitos inovadores, fariam bem neste processo de pensar e implantar ações de olho no futuro. O que acontecerá em 2020 é o fruto de ação ou omissão hoje.
Parabéns, Uberaba! Que venham os próximos 195 anos, com o espírito
empreendedor iniciado com os Bandeirantes.
