ARTICULISTAS

Eu bebo sim...

A reportagem de capa de uma revista de publicação semanal analisa o problema

Marília Andrade Montes Cordeiro
Publicado em 28/02/2015 às 20:25Atualizado em 17/12/2022 às 01:14
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A reportagem de capa de uma revista de publicação semanal analisa o problema crescente de alcoolismo entre mulheres. E minha luz amarela, que já vinha piscando há algum tempo, tocou o alarme.

As mudanças sociais que andam ocorrendo no mundo, e principalmente no universo feminino, têm levado a uma ampla revolução de hábitos.

Infelizmente, nós mulheres, na tentativa de nos igualarmos aos homens em trabalho e competência, após séculos de subjugação, temos adquirido, também, seus inúmeros defeitos.

E é fato que enquanto eles tentam corrigir alguns erros decorrentes do processo, nós nos afundamos.

Sempre com extrema competência! Aprofundando...

E o alcoolismo se tornou um desafio...

Inúmeros fatores levam mulheres a enfrentar o problema.

Cansaço diário, insegurança, solidão, convívio social, independência financeira.

Seja o que for, o fato é que devemos ficar atentas ou então estaremos fadadas a criar uma nova geração de filhas e netas dependentes do álcool, essa droga subterrânea e socialmente aceita.

Estudos comprovam que o organismo feminino é mais suscetível aos efeitos nocivos do álcool pela própria constituição genética.

Maior concentração de gordura corporal resulta em maior concentração alcoólica no sangue...

Ficamos bêbadas mais rápido!

Hoje, vemos jovens adolescentes e saudáveis anciãs perdendo o rumo rotineiramente, dançando atônitas na perigosa festa da vida!

É o fascínio do abismo. Eu salto e aprendo a voar!

O fato de sermos agora “timoneiras de nosso destino” carrega consigo uma carga redobrada de deveres e responsabilidades. Precisamos nos analisar, e, se necessário, frearmos.

Reconhecer que a influência genética e certas raízes culturais podem pesar. E jamais perder a consciência de que, por sermos mulheres, temos antes de tudo o dever de educar gerações.

Mulheres serão sempre o espelho de filhos e filhas.

Portanto, precisamos estar sempre atentas para checarmos nossos limites, mantendo o prazer do álcool na dosagem certa.

O álcool pode ser grande companheiro, mas não é remédio para a dor da alma.

Mal dosado pode destruir famílias e nações.

(*) Mãe de família

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