Cidadania

A conturbada situação brasileira lembra uma velha história. De repente, um fogo sem precedentes começou a devorar uma exuberante floresta. Os bichos, que correram para as margens do rio, a fim de se protegerem, observavam intrépido beija-flor que jogava sobre o fogo a água que, em repetidas viagens, conseguia carregar no bico, do rio até a floresta. Em seu percurso, a ave foi abordada por um daqueles animais: “Você se julga capaz de apagar o incêndio?” O pássaro foi incisiv “Sei que não aplacarei o incêndio, mas faço minha parte.”

Assim também muitos problemas da sociedade podem ser resolvidos: com cada cidadão fazendo sua parte. Em uma eleição, por exemplo, cada voto do eleitor é a gota que, somada a outras, alçará o político ao cargo a que aspira e que só será justificada se o eleito corresponder às expectativas dos eleitores. Caso contrário, terá sido omisso ou ainda corrompido pelo poder; amesquinhou-se em suas atitudes políticas. Cada voto é valioso; é o retrato do cumprimento do dever do cidadão.

Além do voto, o exercício de cidadania oferece variado rol de oportunidades de ação em benefício do próximo, do bem comum e, em última instância, de toda a humanidade. Ser cidadão é sair da zona de conforto e investir-se da intenção de agir em benefício da comunidade; é respeitar a coisa pública e atuar incessantemente para o bem de todos.