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O país difícil

Aquele Dino de que tanto falo e escrevo teve seu pai – por nome Oliveira –, que era o mais famoso e pegador de boi a unha ali no curral

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 28/01/2015 às 09:16Atualizado em 16/12/2022 às 03:40
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  O país difícil

Aquele Dino de que tanto falo e escrevo teve seu pai – por nome Oliveira –, que era o mais famoso e pegador de boi a unha ali no curral do Rio do Peixe. O que o Oliveira mais apreciava era na castração de boi de corte pegar o bicho pelo pescoço, torcer sua cabeça e botar o bicho no chão, até chegar algum ajudante mais corajoso para passar o rabo do boi entre as pernas e segurar o marruco até o canivetão afiado tirar-lhe os grãos da masculinidade.

Para quem – como eu – que ficava em cima da cerca – o espetáculo era quase uma demonstração de coragem e habilidade. Bem, é claro que o boi pensava diferente...

Já sei meu leitor amigo, pra que contar esta história tão masculina, porém, triste e dolorosa? Bem, vocês leitores mais fiéis sabem que eu não conto besteira sem progressão de pensamento e escrita. Estarão perguntand bem, nesta o João atolou o carro, onde já se viu capação de boi ter escritura no jornal? Calma novamente, minha gente – eu sempre escrevo coisa que pode ter algum proveito. Esqueçam a dor e a raiva aí de cima, vamos em frente.

Vejam se meu escrito tem relação com o nosso Brasil de hoje e agora. No mais simples da leitura e observação, vocês vão comigo perguntar: e a Dilma, gente, onde está? Já temos tempo pós eleição e sua vitória, mas o time que está jogando o futebol político não tem capitão.

Dilma está calada, retirada do caldo fervente de seus companheiros... e adversários. No meu tempo juvenil de briga de galo, ali na rinha do São Benedito, o começo da briga já era uma pauleira feroz. Galo que levava cacetada e pulava pra fora era eliminado, a atenção dos galistas era objetiva e fatal. Na política isto era também uma regra: governo, intenções e poder tinham que ser logo assumidos.

De passagem uberabense simples, aí está na rinha o nosso Hospital Municipal, ainda sem dono de definições. Coisa triste, às vezes associada na nossa política (da capital em Brasília até o subúrbio do Veríssimo) – as coisas importantes vão esperando, o que está virando manchetes são os escândalos inúteis... e seus artistas. Já mandei o Oliveira largar o boi: a torcida está dividida!

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