Não sei se você tem acompanhado o problema das variações climáticas aqui no mundo, principalmente aqui no Brasil. Em São Paulo, 37 graus é o índice mais alto já atingido na região. Pelos nossos lados deve estar mais ou menos nessa base. O certo é que o ano de 2014 foi o mais quente de nossa história. Os jornais nos assustam quando afirmam que ainda não são bem conhecidos os fatores que estão provocando o problema. Nosso ministro de Minas de Energia pediu à população que “rezássemos para conter uma desgraça total”. Antigamente diziam que “Deus era brasileiro”. Ainda mais. Diziam que Deus, quando criou o mundo pôs aqui tudo o que havia de melhor, matas, rios, frutas silvestres, tudo. Houve reclamação. Deus então respondeu: “É verdade, tudo lá é melhor, mas vocês vão ver os políticos que eu vou botar lá...” Fico pensando que nosso ministro de Energia é desse time.
Outra notícia desta semana: O Brasil está importando energia da Argentina. Ainda bem que não importou também a Presidente de lá. Você já pensou, se uma está “governando” tão bem, já pensou com duas?
Voltando ao calor, leio que em Paris, neste ano, haverá uma reunião internacional voltada para o assunto. Irão tentar um consenso entre as nações para que se consiga evitar que a temperatura da terra não aumente mais de 2°. Se houver aumento, os efeitos serão desastrosos.
Não sei por que estou eu tão pessimista, hoje? Será efeito do calor? Por azar, leio outra notícia de um cientista afirmando que no ano de 2050 os países não lutarão mais pelo petróleo, mas pela água. Apesar de ser o Brasil tão rico em água, não sei o que vai acontecer com essa meninada que está nascendo agora. Como já passei dos noventa e não vou chegar até lá, não tenho a menor ideia. E seus netos?
Antigamente repetiam um provérbi “Dois mil passará, três mil não chegará”. Como não acredito em profecias, vou dormir em paz.
PADRE PRATA
Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro.
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