ARTICULISTAS

Esperando 2015

Já sabemos que o tempo foi fatiado para que pudéssemos suportar sua passagem inclemente

Márcia Moreno Campos
Publicado em 28/12/2014 às 10:58Atualizado em 17/12/2022 às 02:04
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Já sabemos que o tempo foi fatiado para que pudéssemos suportar sua passagem inclemente e peremptória. Contamos um ano com suas marcas, sucessos, fracassos e perdas, e esperamos por um outro que nos realize os sonhos e concretize nossos desejos mais secretos. Com isso, enganamos nosso cérebro que se enche de esperança a cada 31 de dezembro. 2014 foi um ano de grandes expectativas e também enormes frustrações. Perdemos a Copa do Mundo e tivemos uma eleição que, embora legítima, adormeceu o sonho de 51 milhões de brasileiros que ansiavam por mudança na política brasileira. Mas valeu a pena viver este ano que fez despertar em nós um sentimento de cobrança, de conjunto, de força, em torno de um propósito comum.

O que espero de 2015? Quero que a esperança se aloje no coração de cada um dos brasileiros; desejo que a indignação não nos dê sossego; que a indiferença em relação ao nosso semelhante e ao nosso país fique sepultada no ano que se finda; que a luz do bem brilhe com força nos tornando solidários e irmãos; que a responsabilidade mostre sua cara nas atitudes limpas e transparentes; que os serviços públicos sejam administrados com a competência das grandes empresas privadas; que o dinheiro dos impostos seja totalmente empregado em benefício do povo e que nos tornemos uma Nação onde as leis sejam respeitadas e não modificadas para atender aos interesses dos governantes de plantão.

Desejo que cada um de nós vivencie neste ano novo sentimentos sublimes, como os provocados pela volta para casa de um filho, pela felicidade de um amor correspondido, pela gentileza de um gesto amigo. Quero que, se preciso, nos viremos do avesso para fazer prevalecer nossos direitos, para tornar real nossos sonhos - mesmo aqueles considerados impossíveis -, para comemorarmos com festa a vitória do Bem sobre o Mal. Porque a vida, como bem já disse Cecília Meireles, só é possível se reinventada.

(*) Economista

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