Não tenho a menor dúvida de que estamos num país rico. Ouvem-se tanto as expressões
Não tenho a menor dúvida de que estamos num país rico. Ouvem-se tanto as expressões milhões e bilhões de reais indicando rombos e desperdícios que me sinto um cidadão possuidor de quase nada.
Diante de um jornal da grande mídia, recentemente, compulsei um caderno com várias páginas contendo referências à corrupção por 15 vezes! Fiquei a matutar sobre o porquê de termos tanta afeição pelo inditoso termo? Diz muito bem um certo e honesto médico que a afeição que temos pela corrupção está no DNA.
A regra: “Criar dificuldades pra vender facilidades” não me parece ser estrangeira, já que ela é a cara daquele brasileiro que tem um “poderzinho”, poder ou “poderzão” e se prevalece para levar vantagem. A maldita lei de Gerson arremata: “O pessoal te respeita”. Ora essa!
Não fiquei rico com o que fiz, porém amealhei fortuna pelo que não fiz. Esta frase construí depois de ler o livro “O ceramista”, da jornalista Márcia Ribeiro Borges. Na obra, ela desenha o perfil empresarial do pai Wilson Ribeiro Borges, o Licinho. Naquelas páginas está a saga de um homem que não se rendeu ao furor das oportunidades escusas e, por isso, pagou alto preço.
“Água deu, água leva”, eis o adágio popular e acrescento que: ela, a água, só não leva o que está em terra muito firme. Altos executivos, “meios donos do Brasil”, exercem o jus sperniandi para se livrar das leis humanas e, se pudessem, revogariam a Lei Universal do Retorno.
Devolução de dinheiro aos cofres públicos, prisões, algemas, tornozeleiras eletrônicas ou prestação de serviços comunitários aplicados aos gatunos nada disso resgata o mal que eles causam ao País. A Polícia Federal está, sim, no rumo certo.