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Advogado criminalista? Sim, senhor!

O título lançado é sobre a profissão que escolhi, e de forma rápida, sem titubear

Leuces Teixeira
Publicado em 11/12/2014 às 20:12Atualizado em 17/12/2022 às 02:17
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O título lançado é sobre a profissão que escolhi, e de forma rápida, sem titubear, não hesito em dizer: não me arrependo de nada. Num primeiro momento, fiz o curso de odontologia e conclui. Entendo que meu pai gostaria que eu tivesse cursado medicina, afinal tenho cinco irmãos médicos, dois cunhados e três sobrinhas. Costumo dizer, em tom de brincadeira, que sou a ovelha negra da família; apesar de vários familiares e amigos concordarem.

Dia 2 de dezembro é o dia do advogado criminalista. Recebi vários cumprimentos de colegas, familiares, alunos e gente do povo. Não concordo muito com a data escolhida, sabe por quê? Dia do advogado criminalista é todo dia, toda hora, não tem descanso! É até de madrugada, atendendo o chamamento de uma mãe que chora pelo filho preso. É uma verdadeira luta, um sacerdócio.

Não estou reclamando dessa luta árdua e, muitas vezes, mal compreendida por alguns desavisados que se postam como verdadeiros arautos da moralidade, verdadeiros intocáveis, ou seja, não feitos e afetos aos desígnios da vida, aos infortúnios, às tramas e dramas que surgem de surpresa, do nada. Tenho aprendido muito e falta muito ainda nessa luta da advocacia criminal.

Quem me conhece sabe da minha crença num DEUS vivo e verdadeiro, único, que tudo pode e faz. Peço que não duvidem da minha fé e perseverança na construção dum mundo melhor, mais igualitário e fraterno. Fui criado num lar evangélico, mais precisamente sob os ensinamentos da Congregação Cristã no Brasil. Digo mais, respeito toda e qualquer religião, desde que pregue o amor, a fraternidade, a paz, a solidariedade, etc.

Voltando ao tema proposto, quero salientar sobre os espinhos e as ingratidões sofridas nesta caminhada dura e penosa. Do fundo do meu coração, de tempos em tempos, o meu olhar cruza com outros olhares na rua, nos bancos, bares, na universidade, enfim, no cotidiano; alguns vêm como uma verdadeira flechada no coração. Fico pensativo, triste, digo mais, até mesmo depressivo. Qual a razão, ou razões, desses olhares de repreensão, de pito, de repugnância, mal-agouro, de indiferença, nojo, ou até mesmo de desprezo? Em virtude da profissão que escolhi e dos vários casos que já defendi, te digo uma coisa, bem clara, simples e objetiva: muda teu olhar, teu pensamento, a maneira de entender e compreender o papel do advogado criminalista.

Do contrário, com todo respeito e admiração, quando deparar com um problema criminal, por mais simples que seja, procure seu urologista para massagear sua próstata, ou profissional equiparado, dependendo do sexo, para massagear seus egos e entranhas. Sou Advogado Criminal e exijo respeito. Volto no tema. Tenho dito!!!

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