Segunda semana de dezembro, o Natal já vem por aí. Ainda não estão circulando os carros de som do time Papai Noel, Jingle Bells, Noite Feliz e companhia. Estão tocando as prendas e presentes para comprar, preço barato, meu amigo da cristandade! Desculpem-me, estou distraído falando de presentes e dinheiro no lugar do menino Jesus e seu presépio, e São José, os carneirinhos, aquele galo em cima da gruta... vai cantar à meia-noite! Caramba, minha mente tira os anjinhos e põe soldados em seu lugar, uma ideia de ordem e defesa dos festejos. Meio sem graça, a televisão toca sininhos, expõe bolinhas plásticas e garotas lindas decotadas em cima e em baixo – é Natal! Lá em cima os políticos se reúnem disputando os cargos que ficaram vagos, os programas que continuarão no armário do futuro – talvez na quaresma do ano que vem. Falar da Petrobras é apenas moda de safadezas, de roubos e tapeações que devem ser embromadas no passado de dona Dilma, que eles dizem ser a culpada e deve escalar em um segundo time – sem ameaça ou perigo de melhorar... Afinal, e como sempre, deverá sobreviver o milagre de mais mil casas, que o Dimas, meu amigo, chama de projeto Cala-a-boca. O pessoal do camarote continuará sendo a exposição brasileira de progressos, aqui e fora deste Brasil. O time dos intermediários, coitados chamados de “pobres” corruptos, vai ser trocado por gente nova e amiga, roupa limpa no varal. A conversa dos políticos, esta não vai mudar, é sucesso há muitos anos... mas podem ser substituídos por novos mágicos e propagandistas, afinal, este Brasil é a terra da promissão... ou do promessão, pensa esta crônica. Ah, que falta me fazem o Dino e o Orides, que se foram e me deixaram sozinho. Eles é que tinham imaginação para consertar o que eu não sei. No final de tudo, a lagoa da Emendada, os bagres e lambaris substituíam as traíras... quem sabe isto poderá acontecer no futuro?
