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Relembrando os bons tempos...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 17/11/2014 às 10:28Atualizado em 17/12/2022 às 02:40
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 Relembrando os bons tempos...

Ao receber o convite do Subtenente Ben-Hur Varoni de Oliveira, Chefe de Instrução do TG 11-003, para participar da solenidade de encerramento de instrução militar dos atiradores do ano de 2014, que acontecerá nesta sexta-feira, 21 de novembro, os pensamentos me tiraram do tempo e espaço em que me encontrava, surgindo sons cadenciados de marchas que se refletiam nos paralelepípedos da rua Padre Zeferino, palavras de ordem, cantos de hinos que saiam de centenas de gargantas em pleno vigor da juventude.

Meus olhos marejaram de felicidade ao abrir o convite, pois tive a oportunidade de relembrar os bons momentos que passei com colegas e amigos, nos áureos tempos do início da década de 70. Surgiram as lembranças de descontração de quando ficávamos tocando e cantando músicas da Jovem Guarda e também dos amigos que já não estão conosco. Bateu a saudade das palhaçadas do 114, dos cabos Tharsis Bastos, Montondon, Fernando, Valdir; dos sargentos Paulino, Hélio e Wilson, todos na reserva como oficiais e tantos outros.

Essa turma que se forma nesta sexta-feira pode ter certeza que daqui a 40 anos ou mais, certamente, assim como eu, vai relembrar que o ano de instrução no TG fazemos colegas e amigos; rimos, choramos e, até mesmo, brigamos entre nós, mas, sob a regência dos instrutores, conseguimos superar nossas diferenças.

Lembro como se fosse hoje que foi um ano que certamente não terá replay, pois foi uma mescla de ansiedade, coragem, revolta e orgulho. Ao mesmo tempo em que rezávamos pedindo o fim do tempo de instrução, para não termos que acordar às 4 da madrugada, não queríamos que a instrução acabasse, pois com o término acabaria também aqueles momentos de amizade, de igualdade, de troca de experiência entre jovens de todos os níveis sociais e culturais, solidificando amizades que permanecem até hoje, como pessoas especiais em nossas vidas.

Com toda a certeza e com a permissão de Deus, estarei na diplomação do dia 21 de novembro do TG 11-003, para relembrar que foi lá onde aprendi que servir ao Exército Brasileiro através do Tiro de Guerra é muito mais do que acordar de madrugada para ir à instrução; é muito mais do que ficar de guarda ou vestir a farda; fazer o serviço militar é uma experiência única de sentir orgulho de ser brasileiro; é marejar os olhos e sentir um arrepio ao ouvir o Hino Nacional e ver hasteada a Bandeira Brasileira; é aprender o que é hierarquia e respeito.

Já preparo o coração para reviver aqueles momentos de 40 e tantos anos atrás, quando éramos jovens sonhadores passando marchando, batendo continência e cantando ao compasso dos coturnos, a canção do Exércit Nós somos da Pátria a guarda, fiéis soldados, por ela amados. Nas cores da nossa farda, rebrilha a glória, fulge a vitória... A paz, queremos com fervor, a guerra só nos causa dor. Porém, se a Pátria amada for um dia ultrajada, lutaremos sem temor.

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