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Falando de autenticidade

O que é autenticidade? Quando é que o comportamento de alguém exprime sua essência?

Sandra de Souza Batista Abud
Publicado em 13/11/2014 às 19:40Atualizado em 17/12/2022 às 02:44
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O que é autenticidade?

Quando é que o comportamento de alguém exprime sua essência?

Pessoas são congruentes, isto é, harmônicas com o todo?

Pessoas são coerentes, isto é, concordantes com o que falam e praticam?

Pessoas são pertinentes, isto é, combinam o político, o social, o familiar, o individual e o profissional?

Pessoas são pertinentes, isto é, suas atitudes são conforme seus pensamentos?

Pessoas procedem com coerência, com congruência, com coesão, com pertinência? Apresentam uniformidade no proceder?

Infelizmente, a sociedade contemporânea não está habituada com políticos, líderes, religiosos, pessoas agindo com autenticidade.

Entretanto, é histórica esta relação entre essência e aparência. A correspondência entre estas duas características era profundamente e seriamente considerada na Grécia Antiga, sendo que qualquer demonstração de distância da verdadeira essência era chamada de “prostituição”, significado  diferente dos tempos atuais.

A autenticidade, ou integridade e honestidade, é resgatada pela Psicologia, como uma das forças pessoais. A autenticidade corresponde à característica de dizer a verdade e viver de modo genuíno e autêntico. Ser autêntico é ter comportamento compatível com os próprios valores.

Nesse contexto, é de primordial importância o autoconhecimento. E é de primordial importância também se fazer questões tais como estas:

A minha verdadeira essência está compatível com os valores que reproduzo em minhas ações? Eu sou quem acredito ser? Tenho consciência do que é minha essência? Minhas ações são capazes de exprimir quem sou e como penso? Minhas atitudes estão em sintonia com o meu eu? Sou autêntico? Somos educados para agir com autenticidade?        

O ritmo de vida atual afasta os indivíduos desta reflexão. Vive-se, atualmente, em uma sociedade onde o ter é que importa e o ser tem pouco espaço, e, como consequência, não se descobre quem se é.

Na verdade, as pessoas até confessam a dificuldade de definir seus valores essenciais, por não refletirem sobre o assunto.

Voltando à Grécia Antiga, Sócrates – filósofo grego – já dizia em seu tempo, que o homem que não se conhecia era um bárbaro – aquele que para os gregos, romanos e depois para outros povos era quem pertencia à outra raça de civilização e falava outra língua – ou seja, um estrangeiro, um desconhecido. Contemporaneamente, bárbaro significa cruel, desumano, feroz, rude, grosseiro, qualidades próprias dos animais.

Urge entender que a verdadeira virtude e a verdadeira felicidade se fundamentam na correspondência entre essência e aparência.

(*) Psicóloga Clínica [email protected]

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