O que é autenticidade? Quando é que o comportamento de alguém exprime sua essência?
O que é autenticidade?
Quando é que o comportamento de alguém exprime sua essência?
Pessoas são congruentes, isto é, harmônicas com o todo?
Pessoas são coerentes, isto é, concordantes com o que falam e praticam?
Pessoas são pertinentes, isto é, combinam o político, o social, o familiar, o individual e o profissional?
Pessoas são pertinentes, isto é, suas atitudes são conforme seus pensamentos?
Pessoas procedem com coerência, com congruência, com coesão, com pertinência? Apresentam uniformidade no proceder?
Infelizmente, a sociedade contemporânea não está habituada com políticos, líderes, religiosos, pessoas agindo com autenticidade.
Entretanto, é histórica esta relação entre essência e aparência. A correspondência entre estas duas características era profundamente e seriamente considerada na Grécia Antiga, sendo que qualquer demonstração de distância da verdadeira essência era chamada de “prostituição”, significado diferente dos tempos atuais.
A autenticidade, ou integridade e honestidade, é resgatada pela Psicologia, como uma das forças pessoais. A autenticidade corresponde à característica de dizer a verdade e viver de modo genuíno e autêntico. Ser autêntico é ter comportamento compatível com os próprios valores.
Nesse contexto, é de primordial importância o autoconhecimento. E é de primordial importância também se fazer questões tais como estas:
A minha verdadeira essência está compatível com os valores que reproduzo em minhas ações? Eu sou quem acredito ser? Tenho consciência do que é minha essência? Minhas ações são capazes de exprimir quem sou e como penso? Minhas atitudes estão em sintonia com o meu eu? Sou autêntico? Somos educados para agir com autenticidade?
O ritmo de vida atual afasta os indivíduos desta reflexão. Vive-se, atualmente, em uma sociedade onde o ter é que importa e o ser tem pouco espaço, e, como consequência, não se descobre quem se é.
Na verdade, as pessoas até confessam a dificuldade de definir seus valores essenciais, por não refletirem sobre o assunto.
Voltando à Grécia Antiga, Sócrates – filósofo grego – já dizia em seu tempo, que o homem que não se conhecia era um bárbaro – aquele que para os gregos, romanos e depois para outros povos era quem pertencia à outra raça de civilização e falava outra língua – ou seja, um estrangeiro, um desconhecido. Contemporaneamente, bárbaro significa cruel, desumano, feroz, rude, grosseiro, qualidades próprias dos animais.
Urge entender que a verdadeira virtude e a verdadeira felicidade se fundamentam na correspondência entre essência e aparência.
(*) Psicóloga Clínica [email protected]