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Coisas que nunca vimos

Subi em pista larga pela Av. Fidélis Reis e ganhei a Pça. Afonso Pena. Entrei na Rua Artur Machado

João Eurípedes Sabino
Publicado em 07/11/2014 às 20:41Atualizado em 17/12/2022 às 02:50
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Subi em pista larga pela Av. Fidélis Reis e ganhei a Pça. Afonso Pena. Entrei na Rua Artur Machado em sentido inverso do que nunca vi alguém fazer e cheguei ao cruzamento com a Interventor Valadares (que chamamos de governador).

Segui com meu carro como se fosse alguém com poder para dirigir na contramão. Não era. É que eu trafegava sobre um paradigma totalmente quebrad trocaram o sentido de tráfego da antiga Rua do Comércio. Lembrei-me de algumas coisas: 1ª: aquela charmosa foto de 1908, que todos conhecem, mostrando a Pça. Rui Barbosa com vários carros de bois estacionados. Sempre imaginei que eles chegaram ali passando também pela Rua do Comércio descendo da Estação da Mojiana para o centro da cidade. 2ª: numa roda de universitários, há mais de quarenta anos, expressávamos o que fazer com o dinheiro se ganhássemos na Loteria Esportiva (as cartelas de jogos, furadas a mão, eram levadas de ônibus para Belo Horizonte). O colega Paulo Roberto Batista de Carvalho foi enfátic -“Quero pegar um Mercedes-Benz, último ano, e atravessar inteira a Rua Artur Machado na contramão!”. Zoamos o colega: sonha, Marcelino!

A boiada na Pça. Rui Barbosa (passados 108 anos) e o carrão imaginário de Paulo B.C. (passados 42 anos) “fizeram” o percurso que permaneceu latente por todo esse tempo. Hildebrando Pontes menciona vários decretos seculares proibindo o tráfego de carros de bois em ruas da cidade. O tempo, de agora em diante, vai dizer se os veículos a tração animal e o “Mercedes” já estavam corretos nas suas épocas. Oxalá a inversão dê certo hoje.

Outra coisa que nunca vimos: a “festa” que o banditismo ou bandidismo está fazendo em nosso Terminal Rodoviário Jurandir Cordeiro. Nasci os dentes vendo na Rodoviária Velha as polícias Militar e Civil, incluindo os Bate-Paus zelando pela nossa segurança. E hoje; não temos um policial baseado na “nova rodoviária” (?!?). Na última terça-feira, à noite, vendo um jovem descer de um carro na plataforma de embarque, à distância eu mentalizei: vá com Deus, como se fizesse a meus filhos. Antes, o perigo era só nas estradas, mas agora ele se inicia nos caixas eletrônicos e se alastra por todo o terminal. O crime fez uma “festa” ali na madrugada de 05/11/2014 e o pânico está deveras instalado.

Depois reclamam ao ver a nossa Rodoviária se transferir para o Posto Antares. Caro deputado Marcos Montes: lute para que o Terminal Rodoviário, do qual o seu honrado pai é o patrono, não continue sendo praça de guerra ou salão de “festas”.

Aqui, a esperança da Associação de Moradores do Bairro São Benedito e das outras coirmãs.

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