Refrescando nossas ideias

A água é fundamental para a sobrevivência dos homens, animais e plantas, para o funcionamento da indústria e desenvolvimento da pecuária e agricultura. Uma chuvinha boa nos fez lembrar tudo isso, trouxe-nos algum alívio e deu uma trégua no calor. Mas a água que caiu ainda foi pouca: falta muito para alguns dos rios de grande parte do território nacional recuperarem seus níveis.

A diminuição significativa do volume de água de algumas represas, suscitando a possibilidade de paralisação da produção de energia elétrica, serviu-nos de alerta para a busca de novas fontes de energia. E muitas cidades da região precisaram ser abastecidas por caminhões pipa.

É verdade que existem modos especiais (apesar de dispendiosos) de se obter água potável. Israel, nesse aspecto, é exemplo para o mundo, tratando a água do mar. Também é possível fazer o tratamento do esgoto e o reuso dessa água, alternativa já adotada por muitas cidades.

Talvez a crença equivocada de que a água potável exista em abundância seja responsável pelo desperdício desse recurso, como demonstram os dados a seguir: Por dia, cada pessoa bebe cerca de 2 litros de água (até aqui, tudo certo), mas gasta mais que isso enxaguando o recipiente que utiliza para tal. Cada descarga no sanitário consome 30 litros de água. Escovar os dentes com torneira aberta, 80. Tomar banho por quinze minutos, 279. E lavar a calçada por 15 minutos, 279.

O rio Uberaba, de onde é retirada a água para ser tratada e servida a nossa cidade, ainda não voltou ao seu nível normal com a pouca chuva que caiu. Portanto somente se houver um gasto parcimonioso de água, ela estará disponível para todos. E, uma vez que a situação se normalize, a sábia conservação do hábito de economizar poderá redundar numa fatura mais em conta e, o mais importante, numa postura mais ética, uma vez que essa mudança de hábito pode acabar com o desperdício, possibilitando o uso desse líquido por toda a cidade.

O fato de saber que não faltará água em uma casa não exime seus moradores de economizarem, pois a água desperdiçada na casa de um fará falta na casa de outro, bem como nas creches, nas escolas... Um pensamento elevado faz com que todos busquem agir em favor da comunidade, sem a necessidade de fiscalização, multa ou aumento da tarifa. Isto é ser étic é não se fazer o que se pode e se quer fazer (no caso, desperdiçar água), simplesmente porque não se deve fazer.

Como cidadãos, cabe-nos gastar com parcimônia a água disponível e reutilizá-la, quando possível. E é também como cidadãos que esperamos que o município faça sua parte, adotando políticas públicas eficientes para minimizar o problema da falta de água.