ARTICULISTAS

Eleições 2014

Eleições não podem ficar à margem das prosas entre amigos para as crônicas

Gilberto Caixeta
Publicado em 14/10/2014 às 19:55Atualizado em 17/12/2022 às 03:14
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Eleições não podem ficar à margem das prosas entre amigos para as crônicas do jornalismo; o tema é por demais importante para ficar jogado num canto. Afinal, elas delineiam o cotidiano futuro ao definir as regulamentações e as consequentes manifestações de como serão as nossas relações institucionais em todos os níveis. Senadores, deputados e alguns governadores já foram escolhidos. Fundamentalmente, falta a Presidência e completar o quadro de governadores. A política entra pela porta da frente em nossas vidas, habita o nosso dia a dia e atinge a todos pelas decisões institucionais, tudo precedido pelas eleições. Mas sabemos que eleição não é sinônimo de democracia, e sim o seu processo e o organismo institucional. Voto facultativo e distrital na escolha proporcional e financiamento público de campanha são alguns ingredientes que podem melhorar o processo de escolha – incluídos os mecanismos legais impeditivos às candidaturas que ferem o princípio da legalidade. A reforma política, como a tributária, são temas que não podem ao escape político. Caminhamos para o segundo turno, vivenciando os vícios da velha política. O invencionismo alarmista para enganar, ludibriar, apresenta-se sem o menor pudor. São práticas à época do coronelismo, aprimoradas no populismo e, agora, com roupagem nova, confeccionada pelo PT. Mentem e forjam a verdade, assim como manipulam dados e a realidade econômica do país, por sinal, com índices lastimáveis. A propósito, é consensual que o atual governo não deu conta da questão econômica. Não há crescimento e a inflação que havia sido banida do vocabulário nos espreita, não mais às escondidas. Impregnados pelo conceito da luta de classe, forçam a explicação teórica nas relações entre pobres e ricos, como se fosse possível o reducionismo ou a desconsideração de outros extratos sociais. Vários setores deste atual partido insistiram em teses ingloriosas durante a resistência ao Golpe de 64 e foram vitimizados por um Estado de exceção. Agora, repetem táticas dos antigos algozes. De torturados a torturadores; de enganados a enganadores; de oprimidos a opressores, postam-se de libertadores, salvacionistas e progressistas sociais durante o dia e, à noite, adulam aqueles que os locupletam. Políticas públicas universais e pontuais são necessárias à superação das diferenças; a bravata está a dizer que são realizações unicamente deles e que numa eventual ausência esses beneficiados serão punidos. É como se não houvesse quem as pensasse anteriormente. São mal-intencionados. O PT erra da política internacional ao atendimento básico em saúde. Fortalece as ditaduras latino-americanas, condena o combate frontal ao fundamentalismo islâmico e, ainda, sepulta economicamente o país. Esse segundo turno é a oportunidade de concretizar o que a maioria já sinalizou no primeiro turno. Queremos mudanças, já, e agora pelo voto.

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