ARTICULISTAS

Quando os filhos erram

É muito comum entre os pais a preocupação excessiva em relação aos caminhos

Eliana Barbosa
Publicado em 10/10/2014 às 20:22Atualizado em 17/12/2022 às 03:18
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É muito comum entre os pais a preocupação excessiva em relação aos caminhos que seus filhos vão tomar na vida. Afinal, o que vocês devem fazer quando sentem que as decisões de seus filhos são erradas ou arriscadas: deixar que ajam como bem entendem e arquem com as consequências, ou impedi-los, impondo-lhes aquilo que pensam que é o correto?

• Esta é uma questão delicada. Enquanto seu filho estiver sob seu controle, menor de idade e dependente financeiramente, vocês podem até impedir alguns erros.

• Porém, ao perceber que seu filho agiu mal, jamais encubram os erros dele. Se errou, ele – e não vocês – terá que reparar. Por exemplo, se vocês viram  que o filho furtou uma bala que seja, faça-o voltar ao local, pedir desculpas e pagar. Essa vergonha que ele vai passar será uma valiosa lição para sua vida inteira. Toda vez que ele pensar em fazer algo imoral ou ilegal, vai se lembrar desse episódio e sentir mal com a própria atitude.

• Caso seja adolescente, se preciso for, apelem para o Juizado de Menores, que poderá ajudá-los a colocar limites, e procurem um psiquiatra para avaliar os distúrbios de comportamento dele, e medicar, se preciso for.

• Independente da idade, não superprotejam seu filho, não façam nada que seja responsabilidade dele. Deixem-no aprender a caminhar sozinho, tropeçar, cair e levantar. São essas pequenas superações que irão construir a autoestima dele.

• Quando adulto e independente, cuidado para vocês não interferirem de forma ostensiva. Sejam sutis, porque não tem como impedir esse filho de arriscar ou de agir errado. E quanto mais vocês falarem, menos ele os escutará, menos vai querer seguir seus conselhos.

• Sugiro que você – pai ou mãe – diga o seguinte, olho no olh “Meu filho, você é livre para escolher seus caminhos, mas saiba que será responsável pelas consequências. Acima de tudo, eu te amo. O que não amo e não aprovo é o seu comportamento. E este, o comportamento, você pode mudar quando quiser. Eu vou apenas dar a minha opinião a respeito de suas escolhas e vou rezar para você.”

• Se até Deus, o Pai Maior, permite que Seus filhos errem e aprendam com os erros, quem somos nós, simples humanos, para impedir que nossos filhos caiam, se levantem e cresçam?

• E, finalizando, guardem bem: Limite é amor!

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