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Depois das eleições

No artigo anterior, abordando as eleições, expressei a seguinte frase: muitos beijarão a lona

João Eurípedes Sabino
Publicado em 10/10/2014 às 20:21Atualizado em 17/12/2022 às 03:18
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No artigo anterior, abordando as eleições, expressei a seguinte frase: muitos beijarão a lona, poucos subirão ao pódio, mas todos serão beneficiados. Retiro a expressão porque, desse “todos”, Uberaba não foi a grande beneficiada. Explico-me log elegemos apenas um deputado estadual.

Com os cinco federais eleitos não podemos dizer que todos eles são da gema em face das suas votações pulverizadas. Podem até ter Uberaba como referência, mas devem, obviamente, votos a outras regiões. Sei que o deputado deve expandir seus limites eleitorais, sob pena de não ser eleito, mas que me dá uma baita saudade do tempo em que o deputado nascia ou morava há anos em Uberaba, ah... isso dá. Não há como esquecer Fidélis Reis, que aqui nasceu, foi constituinte e projetou Uberaba mundo afora com a criação do Sesi e Senai, além da Aciu e SRTM (ABCZ).

É imensa a relação nominal dos parlamentares que saíam de Uberaba já eleitos. Para não ir tão longe, cito apenas: Alaor Prata, Leopoldino de Oliveira, José Humberto Rodrigues da Cunha, Mário Palmério, Hugo Rodrigues da Cunha, Wilson de Paiva, José Marcus Cherém, Godofredo Prata Rodrigues da Cunha, Joaquim Roberto Leão Borges, Fúlvio Márcio Fontoura, Eurípedes Craide, João Guido, Arnaldo Rosa Prata e outros não menos notáveis.

A democracia permite que nas eleições um sem número de candidatos se apresentem. Os votos são rarefeitos, pouquíssimos ganham (esse foi o caso) e a cidade, mais uma vez, ficou na saudade. Ficamos dependentes das suplências...

Sou a favor dos iniciantes sérios e menos aquinhoados que buscam seus votos. Outros, entretanto, se candidatam sem nenhum sentido ideológico e isso no fundo é usar o eleitor como escudo. Depois, ostentando a credencial de quem apenas disputou a eleição, impõem: “Me dá um cargo aí”. E não ficam sem.

Precisamos repensar e, diria mais, repaginar os nossos quadros de aspirantes a cargos eletivos. Dá pena ver um candidato, por força do quociente eleitoral, nadar, nadar, nadar e “morrer na praia”. O pior é que com esses “afogamentos” nossa Uberaba tem o seu progresso ressentido e isso pode se estender por gerações. Muitos sabem que não têm chances de se eleger, mas cadê a humildade? Alguém precisa colocar o guiso no pescoço do gato.

Pelé, o rei do futebol e de frases impróprias, sentenciou acertadamente que “o brasileiro não sabe votar”. Eh... na ditadura não sabíamos por escassez de informação e no regime democrático votamos errado por tê-la em excesso.

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