Estamos a poucos dias do fenômeno eleitoral que são as novas eleições presidenciais. Existem uma animação e alvoroço do time de candidatos, desde os que já estão eleitos até os que pretendem tomar uma vaga e amaciar a vida. Aos leitores amigos mais patriotas não vou dar satisfações do que escrevo ou do que sinto no panorama – e futuros resultados – das eleições. Minhas lutas e experiências se apagaram longe, quando eu era jovem e colega daquele time idealista que lutou pela simples separação do nosso Triângulo Mineiro. Fiquei vacinado pelo governador Newton Cardoso, sua cruel experiência e confiança: deixou a campanha crescer, o nosso entusiasmo nas vésperas da eleição na câmara de deputados... com calma comprou deputados federais suficientes para nossa campanha naufragar. Já contei com detalhes este quadro triste, o dr. Guido Bilharinho pode sofrer os detalhes. Naquela época os candidatos eram pré-eleitos na classe social, indicados e apoiados pela sociedade. Agora a situação é outra: o candidato se indica à Sociedade, pega um clube de serviços, de amigos ou necessitados a quem promete benefícios pessoais. Suas ideias, convicções e companheiros de partido... caramba, não interessam, são mudados após a eleição. Morta a fidelidade partidária, o candidato enche de cartazes avenidas e ruas... por vezes nada tendo a ver com a eleição passada. Ah, não esquecer: o sucesso vai depender do “minha casa... minha vida... O problema a acontecer será pós-operatório... desculpem, pós-eleitoral. Um grupo grande de eleitos vai se assentar na cadeira conquistada, e não sabe agora o que fazer. Encurtando, conto-lhes como sempre uma historia do dr. Randolfo Borges. Contou-me o mestre que nos 80 anos anteriores não havia “lojas” de carros. O vendedor ia entregá-los no comprador, muitas vezes na sua fazenda, como ele me revelou de um coronel Borges de sua família. O motorista parou no curralão da sede, a família veio receber, admirar, aprender e aprovar (olha a política...) a máquina. O chofer deu umas duas voltas, parecia fácil, o coronel passou para o comando, o entregador caiu fora pra cidade, o vaqueiro chefe, o carreiro, até o papagaio. Importante, o coronel pisou no Ford, foi dando voltas no curral, maravilha! Bem, a turma foi enjoando... o coronel não sabia como parar a máquina, a patroa pulou e caiu, com filho e gato, o cachorro e vaqueiro caíram fora, o coronel suava na direção em redor do esteio. Inventor, ordenou ao carreiro para trazer a correia mestra, que foi amarrada no poste... e no para-choque do Ford, que foi se enrolando até encostar a testa no esteiro, tremer um pouco, e apagar o motor perigoso! Bem, chega. Tem candidato que se for eleito deve pedir corda para amarrar no esteio!