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Mutuários esperam casas há dois anos após assinatura do contrato

Com os contratos assinados há cerca de dois anos, diversas famílias procuraram o Jornal da Manhã revoltadas com a demora, cobrando explicação e reivindicando a entrega

Publicado em 20/05/2018 às 14:42Atualizado em 16/12/2022 às 01:26
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Demora para entrega de unidades habitacionais do Parque dos Girassóis 3 gera reclamação nos futuros mutuários. Com os contratos assinados há cerca de dois anos, diversas famílias procuraram o Jornal da Manhã revoltadas com a demora, cobrando explicação e reivindicando a entrega do empreendimento.

Jordana de Sousa é uma das futuras mutuárias do local e, de acordo com ela, o anúncio feito inicialmente era de que o empreendimento seria entregue em 2016. O contrato foi assinado em março deste mesmo ano, mas isso não aconteceu. Já se passaram dois anos que alguns assinaram o contrato, mas as casas não foram entregues. “As últimas informações que recebemos é de que havia pendências entre a construtora e o Codau”, revela Jordana.

Assim, o Grupo JM pediu explicações à Prefeitura, por meio da Cohagra, para esclarecer os entraves da obra. De acordo com o diretor de Empreendimento da Cohagra, Ernani Neri dos Santos Júnior, o que mais atrapalhou o andamento das obras foi o problema financeiro que a construtora teve, diante da crise econômica enfrentada no país. Além disso, houve empecilhos também no projeto de execução da elevatória de esgoto. A ideia era fazer uma fossa séptica, que demandaria investimento menor, mas se tornaria inviável e, por isso, a elevatória seria o ideal.

“Diante disso, estamos fazendo trabalho em conjunto com a Caixa Econômica Federal para tentar uma antecipação de recurso, uma vez que a construtora não tem condições de bancar o término das obras e falta pouco para a conclusão, e, por isto, a CEF faria uma antecipação. Estamos aguardando um ajuste no projeto para execução da elevatória do esgoto, fazer um documento único e solicitar a suplementação de recurso, pois a verba final da obra retida, de 5%, não dá para finalizar”, explica.

Ernani revela que o recurso necessário não é só para elevatória de esgoto, mas também para outros serviços que não foram concluídos. O recurso retido de 5%, que normalmente é liberado para construtora com 100% de obra concluída, é no valor de R$400 mil, e o banco vai liberar antes. Porém, somente o custo da elevatória é algo em torno de R$800 mil a R$1 milhão, então, o banco deve suplementar cerca de R$1,3 milhão para finalizar. 

Diretor diz que ainda não é possível estabelecer data de entrega das chaves. Com relação a prazos, o diretor de Empreendimento da Cohagra, Ernani Neri dos Santos Júnior, disse que é complicado e arriscado anunciar datas. “Não há previsão de data de entrega. Contudo, é preciso compreender a situação, uma vez que se a construtora deixar o canteiro de obras, o problema será ainda maior para substituir. É mais interessante tentar suplementar recursos, ajustar com a construtora atual para concluir”, destaca diretor de Empreendimento, lembrando que 98% das obras já estão concluídas. Ernani acredita que o ajuste no projeto para execução da elevatória de esgoto deve ser apresentado pela construtora ao Codau. Em cerca de 20 dias a autarquia analisa e, se for aprovado, depois será apresentado à Caixa Econômica Federal. Para executar a elevatória, a obra deve acontecer em cerca de três meses, depende do ritmo do serviço, o que falta para ajustar.

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