Codau diz que ainda não há necessidade de racionamento

Foto/Sandro Neves

Na estação de captação de água do rio Uberaba, acima da barragem, o nível é cada vez mais baixo, o que reduz drasticamente a vazão

Apesar da situação crítica quanto ao período de seca, o Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau) diz que ainda não há necessidade de decreto de emergência ou de racionamento do abastecimento de água em Uberaba. Já são 100 dias sem chover na cidade e o fato de não ter previsão de chuva significativa nas próximas semanas gera preocupação, uma vez que a vazão do rio Uberaba está cada vez mais baixa. Contudo, o presidente do Codau, Luiz Guaritá Neto, garante que não é momento de pânico e sim de economizar.

Em algumas cidades o racionamento já vem sendo adotado, como Brasília, em que o abastecimento não acontece todos os dias da semana e as pessoas precisam se manter com a sua caixa-d’água por dois ou três dias. “Nós não vemos essa necessidade ainda em Uberaba, mas é preciso ficar em alerta, sobre quando virá a primeira chuva. As pessoas precisam saber que é uma situação grave, mas ainda não vejo razão para pânico”, explica Luiz Neto.

Neste momento, em Uberaba, o abastecimento está acontecendo diariamente: ao menos uma vez por dia o Codau envia água às residências. Contudo, quando questionado até que ponto é possível atender as pessoas desta forma, sem ter que realizar o racionamento, Luiz Neto afirma que a situação está no limite total, cada dia que passa a vazão cai. “A cada dia desta seca mais longa, depois de 100 dias, não sabemos realmente como será. Há alguns dias alertávamos a população para que não desperdiçasse, agora estamos pedindo para que economize”, afirma.

Decreto. Já está em vigor o decreto que trata sobre o combate à crise hídrica no município de Uberaba. Quem for pego lavando calçadas, ruas, veículos ou regando jardins com mangueira ou outro utensílio que permita o escoamento de água contínua será autuado. As denúncias podem ser feitas no Departamento de Posturas, pelo telefone 3331-2312 e pelo Fala Cidadão, no 3318-0800.