CIDADE

Aumento de impostos chega às bombas dos postos de Uberaba

Ao mesmo tempo em que passaram a vigorar as novas alíquotas do PIS/Cofins, conforme foi anunciado pelo governo federal, os postos já aumentaram os preços dos produtos

Marconi Lima
Publicado em 22/07/2017 às 09:06Atualizado em 16/12/2022 às 11:51
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Foto/Jairo Chagas

Na maioria dos postos os novos valores começaram a ser praticados ontem, com a gasolina chegando a R$4,40 o litro Na maioria dos postos os novos valores começaram a ser praticados ontem, com a gasolina chegando a R$4,40 o litro

 

Pouco depois do anúncio de que o imposto sobre a gasolina, o etanol e o diesel sofreu aumento, alguns postos de combustíveis em Uberaba já majoraram os preços. A gasolina, por exemplo, já era encontrada a R$4,40, bem acima dos R$3,82, em média, no início da semana.

O decreto que aumenta a alíquota do tributo PIS/Cofins sobre combustíveis foi assinado na quinta-feira (20) e publicado ontem. O imposto sobre a gasolina vai subir R$0,41 por litro e fica a R$0,79, mais que o dobro da alíquota anterior, que era de R$0,38 por litro. O imposto do diesel sobe R$0,21 por litro e o do etanol, R$0,01 por litro para o produtor e R$0,19 para o distribuidor, que hoje não paga PIS/Cofins sobre o etanol.

Em viagem ao Mercosul, o presidente da República, Michel Temer, disse que a população vai compreender o aumento nos impostos. Segundo ele, essa sensibilidade popular se dará "porque este é um governo que não mente, não dá dados falsos".

Pelo menos o empresário do setor de venda de combustíveis José Antônio Nascimento Cunha tem um entendimento diferente do que foi expressado por Temer. Perguntado pela reportagem do Jornal da Manhã sobre as novas alíquotas, ele disse que se trata de algo assustador.

Com os aumentos, o governo espera arrecadar quase R$10,5 bilhões a mais. Do lado das despesas, os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram que haverá um novo contingenciamento de gastos de quase R$6 bilhões. Com isso, chegou a R$45 bilhões o total bloqueado temporariamente do orçamento de 2017.

O professor de Direito Tributário Linneu Albuquerque Mello disse acreditar que o valor do aumento será repassado ao consumidor final. O imposto sobre combustíveis foi escolhido porque, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pode ser aumentado por decreto, sem necessidade de aprovação do Congresso Nacional.

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