CIDADE

Luto pela Saúde cobra do Estado pagamento dos repasses atrasados

Movimento é iniciativa da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas (Federassantas), que estão em dificuldade com o atraso de repasses

Geórgia Santos
Publicado em 27/05/2017 às 00:13Atualizado em 16/12/2022 às 13:04
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Sandro Neves

Hospital Doutor Hélio Angotti aderiu ao movimento da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas) e está de luto. Ontem foram colocadas na entrada do hospital faixas pretas em repúdio ao atraso de repasses de verbas do governo estadual. O movimento, denominado “Luto pela Saúde”, mostra a indignação dos hospitais pelo subfinanciamento da Saúde no país e os atrasos recorrentes no pagamento de repasses de verbas, principalmente pelo governo estadual.

Segundo o superintendente do Hospital Hélio Angotti, Felipe Toledo Rocha, o atraso do repasse de recurso ao hospital vem desde setembro do ano passado, e o valor é R$350 mil por mês. Além de um convênio, solicitado pelo hospital para ajudar na compra de medicamentos, que já foi aprovado pelos secretários de Saúde da região e pela Superintendência Regional de Saúde, mas não foi dado seguimento, porque ainda espera pela aprovação do Estado, e já faz cinco meses que o hospital aguarda esta resposta. “Com isto, os déficits vão se acumulando, hoje temos mais de R$1,5 milhão por mês de déficit, e se não fosse pelas doações e participação da comunidade apoiando o hospital, a situação poderia estar pior. O único recurso que neste momento estamos recebendo do Estado é através de medicamentos entregues no hospital. O que realmente faz a diferença, que é o repasse financeiro, está cada vez mais escasso e atrasado”, explica.

O superintendente destaca que o hospital compreende a situação de calamidade financeira do Estado, mas o câncer, a saúde, não pode esperar. Por isso, de acordo ele, com o recurso que ainda possui, que é o repasse do governo federal e dos municípios, além das doações, a prioridade é com a compra de medicamentos e o pagamento dos funcionários. Mas ele não esconde a preocupação. “Se não conseguirmos honrar isso, eu temo pelos próximos meses, vamos fazer tudo para manter o pagamento”, diz. Felipe destaca que as faixas pretas permanecem na fachada do hospital pelos próximos dias. E as manifestações continuam em uma nova reunião da Federassantas, quando serão definidas novas ações.

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