CIDADE

Pacientes questionam critérios de transferência das UPAs para HC

Usuários se queixam que doentes atendidos há vários dias continuam esperando, enquanto outros, com quadro clínico semelhante, conseguiram vaga mais rapidamente

Letícia Morais
Publicado em 26/04/2017 às 07:14Atualizado em 16/12/2022 às 13:46
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Transferência de paciente da UPA para o Hospital de Clínicas acaba questionada por usuários que aguardam leitos por vários dias

Transferência de pacientes da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do São Benedito para o Hospital de Clínicas da UFTM gera dúvidas aos usuários. É o caso de Tainá Beatriz Marques, que acompanha seu avô, Sílvio Braz Pereira, de 72 anos, na UPA, onde permanece internado desde o dia 16 abril, após fraturar o fêmur. Desde então o idoso aguarda transferência para realizar cirurgia reparatória. Caso semelhante enfrenta Raimundo Lourenço da Silva, 78, segundo ela.

Mesmo os dois aguardando por uma vaga há vários dias, um terceiro homem, de cerca de 60 anos, teria conseguido sua transferência para o HC/UFTM poucas horas após dar entrada na UPA, revoltando Tainá, Sílvio, seus familiares e também Raimundo. “Os dois já são de idade, estão sentindo dores e aguardando há dias, e eles estão encaminhando pessoas na frente. Já procurei a Prefeitura, a Defensoria Pública, mas nada resolveu”, lamenta Tainá.

Em contato com a administração municipal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que a regulação dos três pacientes foi feita de acordo com a gravidade de cada caso, priorizando os pacientes Sílvio e Raimundo. Ainda não obstante ser a regulação de competência estadual, é o hospital quem libera a vaga já no nome do paciente específico. Dessa forma, a SMS não soube pontuar os motivos que levaram à liberação do terceiro idoso em detrimento dos outros, afirmando que a administração municipal tenta contato com o HC/UFTM, a fim de obter explicações sobre o referido caso.

Nesse sentido, a reportagem também tentou contato com o HC/UFTM, pedindo detalhamento da transferência. Por meio de sua assessoria, o hospital limitou-se a explicar que a determinação da vaga foi realizada a partir de critérios médicos, sem, no entanto, explicar quais foram eles.

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