Consumidor deve ficar alerta com o aumento no valor da conta de energia elétrica nos próximos meses, por conta do período de seca. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) explica que a mudança da bandeira depende do acionamento das térmicas. Segundo o ONS, a quantidade de térmicas a ser utilizada depende das afluências, ou seja, das chuvas que caem nos reservatórios das hidrelétricas.
Já que o período de chuvas, que vai de novembro a abril, não está transcorrendo como o esperado, observou-se a necessidade de gerar mais térmicas para atender à demanda por energia. Por isso, durante o mês de março já vigorou a cobrança da bandeira amarela, de R$2 a cada 100kWh consumidos. Além desse, existem dois níveis mais caros, a bandeira vermelha, patamar 1 (R$3) e patamar 2 (R$3,50). A expectativa é que a cor da bandeira do mês de abril seja divulgada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (31).
Ao Jornal da Manhã, o ONS informou que, mensalmente, avalia quais são as condições de operação do sistema e, a partir disso, define a estratégia de geração de energia para conseguir atender à demanda. “A partir dessa avaliação, são definidas as térmicas que deverão ser acionadas. Se o custo variável da térmica mais cara for menor que R$200/MWh, então a bandeira é verde. Se estiver entre R$200/MWh e R$388,48/MWh, é amarela. E se for maior que R$388,48/MWh, será vermelha”, explica.
Sobre a possibilidade de variação na cor da bandeira, o ONS acredita que continuará na cor amarela nos próximos meses, com possibilidade de mudança para a vermelha até o início do período chuvoso, previsto para começar em novembro. Apesar de garantir que não há risco de desabastecimento de energia, o ONS considera que há “a percepção de que o custo de operação será maior nos próximos meses”.
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