CIDADE

Carnaval da inclusão do “Maria Boneca” reuniu mais de 200 foliões

Uma das únicas manifestações carnavalescas da cidade levou para as ruas o tema “Justiça com misericórdia: somos todos um barco de papel”

Letícia Morais
Publicado em 25/02/2017 às 07:51Atualizado em 16/12/2022 às 14:57
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   Letícia Morais

Pelo 12º ano consecutivo, o bloco Maria Boneca animou a sexta-feira de carnaval nas ruas centrais da cidade       Com 12 anos de tradição, uma das únicas manifestações carnavalescas em Uberaba este ano foi com a festa do bloco Maria Boneca, organizado pela Fundação Gregório Baremblitt, na manhã de ontem. A fundação abriga o Caps de mesmo nome do bloco e reúne os demais Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Secretaria Municipal de Saúde. São eles: Caps Maria Boneca, Caps Dr. Inácio Ferreira e Caps AD – Álcool e Outras Drogas e Cria – Infância e Adolescência.   Mais de 200 foliões celebraram o carnaval da inclusão, ao som de sambas-enredos e marchinhas de carnaval. O grupo saiu por volta de 10h da rua Capitão Domingos, percorrendo as principais ruas da cidade até chegar à praça Rui Barbosa, onde a batucada continuou. Este ano o tema foi “Justiça com misericórdia: somos todos um barco de papel”. “Há 12 anos que fazemos essa manifestação, que é o carnaval da inclusão. Contamos com muitos grupos de batucada, que nos ajudaram a fazer essa festa tão bonita”, afirma a coordenadora do Caps Maria Boneca, Maria de Fátima Oliveira. O diretor de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Sérgio Marçal, destaca a importância de o tradicional bloco sair às ruas da cidade, com uma mensagem de cuidado e compromisso com a saúde. “É um ato de resistência e construção, que se arrasta ao longo dos anos, mostrando que a alegria é possível, sim, a partir da doença. Além disso, nós sabemos que sem saúde mental não há saúde”, avalia.   Nesse sentido, Marçal reforça a necessidade de levar aos uberabenses o poder da inclusão e do respeito às diferenças. “O transtorno mental hoje não traz aquela mensagem de perigo e isolamento do passado. Podemos conviver com essas pessoas de maneira saudável, com base no respeito, na inclusão e no exercício de direito de cada um”, completa.  

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