Recente Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) revela que o setor de serviços fechou 2016 com queda acumulada de 5% em relação a 2015, a maior da série histórica iniciada em 2012. Segundo o IBGE, esta é a segunda queda consecutiva, visto que em 2015 o setor fechou o ano com baixa de 3,6%.
Por outro lado, em dezembro do ano passado, o setor fechou com crescimento de 0,6% em relação a novembro, série livre de influências sazonais. Esse crescimento foi o segundo consecutivo, tendo em vista que, em novembro, ainda na série dessazonalizada, o setor havia registrado pequeno crescimento de 0,2%.
Para o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha, a redução confirmada pela pesquisa é reflexo da retração da atividade econômica e da indústria. A recuperação do setor só acontecerá quando houver melhoria segura e contínua da economia.
A queda no setor de serviços foi influenciada pelas áreas de transporte, serviços auxiliares e Correios, que chegou a sofrer retração no ano passado de -7,6%, com destaque para o transporte terrestre, com -10,4%. Ainda segundo a pesquisa, a queda no setor esteve presente em todos os estados. As maiores variações foram registradas em Mato Grosso, com -33,1%; Rondônia, com -19,6%, e Tocantins, com -18,5%. Também fecharam com resultados negativos o Distrito Federal, com -13,6%; o Ceará, com -10,9%; o Rio de Janeiro, com -7,3%; o Espírito Santo, com -5,8%; Minas Gerais, com -5,2%; a Bahia, com -2,4%; o Paraná, com -2%, e Santa Catarina, com -1,5%.