CIDADE

Correios estima economia anual de até R$1 bi com demissão incentivada

Segundo a estatal, o público elegível é de mais 17 mil empregados e a expectativa é de que 8.200 mil trabalhadores façam a adesão

Geórgia Santos
Publicado em 23/01/2017 às 08:18Atualizado em 16/12/2022 às 15:34
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Foto/Neto Talmeli

Wolnei Capoli vê essa posição da empresa de forma negativa, uma vez que as regras não são claras

Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect-URA) orienta trabalhadores sobre plano de demissão incentivada (PDI) dos Correios. A medida foi anunciada pela empresa pública recentemente e estima uma economia anual de R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão.

Os empregados podem aderir ao plano até o dia 17 de fevereiro deste ano. Segundo a estatal, o público elegível é de mais 17 mil empregados e a expectativa é de que 8.200 mil trabalhadores façam a adesão. Entretanto, o presidente do Sintect-URA, Wolnei Capoli, diz que é preciso analisar.

“A empresa vem passando por problemas econômicos e acha que uma das medidas para cortar gastos é com a saída dos trabalhadores aposentados e que ainda continuam atuando na empresa. Porém, essa expectativa deixa uma obscuridade muito grande, pois a necessidade da empresa não pode se confundir com a expectativa do trabalhador. Portanto, vemos essa posição da empresa de forma negativa, uma vez que as regras não são claras e que os objetivos também são obscuros, já que a empresa diz estar passando por situação difícil, mas continua liberando patrocínios”, explica Capoli.

O sindicalista diz que a adesão de funcionários ao plano, pelo que vem percebendo, não estará dentro da expectativa da empresa. De acordo com ele, a situação econômica e política do país ainda está incerta e nenhum trabalhador vai deixar o certo pelo duvidoso.

Wolnei Capoli revela que alguns funcionários já procuraram o sindicato buscando orientações sobre o que fazer e a informação primordial é para que, se existe a dúvida, não saia da empresa. “Busque a família, o próprio sindicato ou, se tiver, um advogado particular. Faça uma análise, sobretudo conferindo o acordo coletivo, pois existem medidas que a empresa oferece ao trabalhador que aderir ao plano, e que não estão expostas no acordo. Como por exemplo, o plano de saúde, os Correios garantiram o benefício, mas o acordo diz que não”, destaca o presidente da entidade. 

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