CIDADE

Transferências para públicas e inadimplência interferem no aumento

A presidente do Sinep/TM) disse que existe um volume grande de transferência das escolas particulares para as escolas estaduais e municipais

Letícia Morais
Publicado em 26/10/2016 às 07:37Atualizado em 16/12/2022 às 16:51
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A presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Triângulo Mineiro (Sinep/TM), Átila Rodrigues, disse, em entrevista ao Jornal da Manhã, que existe um volume grande de transferência das escolas particulares para as escolas estaduais e municipais. “Não chega a ser primordial, mas ela [a evasão] é considerável”, afirma a presidente da entidade.

Apesar da dificuldade encontrada por alguns pais para efetuar o pagamento das mensalidades em dia, Átila acredita que eles preferem cortar outros tipos de gastos e continuar investindo na educação dos filhos, por considerar que a escola particular está à frente na comparação com as públicas nas avaliações. “Nós esperamos e acreditamos nisso, considerando as avaliações que temos visto do último Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, analisa.

Apesar dessa evasão, a líder classista reforça que as escolas particulares não são obrigadas a aceitar a matrícula de alunos inadimplentes no próximo ano letivo. “A escola está desembolsando a prestação de serviço sem qualquer punição pedagógica. O pai que teve dificuldade para pagar as mensalidades em 2016, como fará uma negociação com a escola para estabelecer o acordo para 2017, acumulando com as mensalidades de 2016?”, questiona Rodrigues, salientando que esta é uma situação que precisa ser ponderada.

De acordo com Átila, alguns pais explicam que a evasão ocorre em decorrência dessa inadimplência, seja pela dificuldade em arcar com os contratos ou pelo impedimento no ato da renovação da matrícula. “Como mãe, é realmente uma situação muito delicada. Você investe na educação e busca uma qualificação maior para o seu filho e depois é obrigada a ter uma transferência desta. Mas devemos torcer para que a economia volte a crescer, assim como os empregos, para que a gente possa vislumbrar um futuro menos tenebroso”, conclui.

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