CIDADE

Professores de creches cobram melhorias na remuneração

Existência de grande diferença de salários e cargas horárias entre os professores das creches municipais e as comunitárias gera insatisfação na categoria

Letícia Morais
Publicado em 23/09/2016 às 12:06Atualizado em 16/12/2022 às 17:15
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Foto/Arquivo

Marcos Gennari Mariano, diretor do Sinpro, diz que nova reunião acontece na próxima semana para discutir o assunto

Mantenedoras das creches comunitárias e professores se reuniram na sede do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) para discutir questões relacionadas aos direitos dos professores. Participaram da reunião instituições comunitárias e também o Sindicato de Instituições Beneficentes e Filantrópicas, que atuam no terceiro setor.

De acordo com o diretor do Sinpro, Marcos Gennari Mariano, a principal pauta debatida é a da desvalorização dos professores das creches comunitárias. “De fato, apresentamos a grave situação em que se encontram a atuação profissional das professoras, o nível de desrespeito em relação ao salário e as cargas horárias”, explicou Mariano.

Na avaliação de Marcos, as instituições do terceiro setor (creches comunitárias) atendem hoje quase duas mil crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, de mais de 150 famílias uberabenses, e não suportam mais cumprir com esta obrigação constitucional do governo municipal. “Não dá para você ter professora de educação infantil no município, que recebe R$2.200 mais um tíquete, trabalhando um turno e ter outra professora que também atua na educação infantil, da mesma forma, com a mesma dedicação e qualificação, trabalhando 44 horas e recebendo praticamente a metade do que essa primeira professora recebe”, pontua o diretor do Sinpro.

Marcos ressalta que as professoras querem respeito e trabalho com dignidade. Para debater mais sobre o assunto, elas voltam a se reunir em assembleia na próxima semana. “Por isso, teremos que fazer um amplo debate para que se chegue consensualmente a um denominador de atendimento aos reais direitos das professoras”, completa Marcos.

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