Queda nas concessões de empréstimo e o crédito mais caro preocupa a construção civil. Houve redução significativa no crédito habitacional e hoje grande parte dos serviços de uma construtora é na construção de casas, por isto as empresas temem problemas sérios com essa situação.
“Os bancos estão mais seletivos na liberação de financiamento, principalmente a Caixa Econômica Federal. Empresas que financiavam 100% dos empreendimentos na CEF estão em busca de outros bancos. E isto, para o setor, é ruim, hoje é o que mais emprega no país, e ao mesmo tempo não conta com nenhuma alavanca do governo federal para melhorar a realidade, com incentivos fiscais, como acontece na agricultura”, explica o presidente do Sindicato da Construção Civil, Roberto Veludo.
Roberto destaca que essa situação faz com que a taxa de desemprego aumente. Segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em Uberaba, no mês de maio a construção civil foi o setor em que houve o maior número de demissões: 457. Além disso, várias empresas se sentem financeiramente desestabilizadas, enfrentam dificuldades para renegociar e readaptar a este momento. “A perspectiva de melhoras que percebemos em debates é de que em 2016 começará a haver avanços e em 2017 se normalizará. Mas o que mais estamos sentindo dificuldade é com a falta de credibilidade, o governo precisa passar confiança ao brasileiro de que haverá melhoras, pois as pessoas estão precavidas, guardando dinheiro e evitando gastos, com medo do que pode acontecer”, afirma.