No ano passado, problemas com operadoras de cartões de crédito, bancos, financeiras, empréstimos consignados, negociações de dívida representaram 32% dos atendimentos do Procon
Fot Jairo Chagas
Eclair Gonçalves Gomes, coordenadora do Procon, diz que no ano passado o órgão atendeu 17 mil casos
Assuntos financeiros ainda lideram a lista atendimentos do Procon. Apesar da redução com relação ao ano de 2013, segundo dados divulgados pelo órgão de defesa do consumidor, em 2014 a maioria dos atendimentos está relacionada com o setor financeiro, com quase 32% do total de reclamações. Por isso, desde o fim do ano passado está sendo desenvolvido um trabalho junto ao consumidor para orientá-lo.
Conforme relatório divulgado pelo Procon, em 2014 foram prestados 17 mil atendimentos, perfazendo aumento de 21% em relação ao ano anterior. Os problemas com operadoras de cartões de crédito, bancos, financeiras, empréstimos consignados, negociações de dívida, entre outros ligados ao setor financeiro, são os que mais fizeram o consumidor procurar o Procon. O órgão está preocupado com essa situação e por isto, nos últimos meses, vem desenvolvendo palestras, em parceria com alunos da Uniube, para orientar as pessoas e evitar o superendividamento.
“Esse resultado confirma a preocupação que sempre tivemos e detectamos no decorrer do ano. Por isso começamos a desenvolver esse trabalho externo, para informar as pessoas sobre se planejar financeiramente. Já estivemos em vários setores, conversamos com os idosos da UAI e com os servidores da Prefeitura e vamos intensificar esse trabalho em 2015, visto que será um ano difícil economicamente e os atendimentos envolvendo o setor financeiro podem continuar no topo”, explica a coordenadora do órgão de defesa do consumidor, Eclair Gonçalves.
As atividades deverão ser retomadas em fevereiro e neste momento o foco serão os aposentados que eram servidores da Prefeitura, pois esta é uma faixa etária bastante atacada, em que as financeiras estão sempre em busca para promover financiamento e é preciso orientá-los.
Quanto ao aumento no número de atendimentos no Procon, segundo Eclair, é preciso analisar por dois ângulos. De um lado significa que as pessoas estão em busca dos seus direitos, por outro mostra que os problemas entre consumidor e comerciante estão aumentando. “Isso precisa ser levado em conta. Sem dúvida nenhuma o consumidor uberabense tem um nível diferenciado de exigência sobre o que determina a lei, mas, por outro lado, esse grande número de reclamações demonstra que os problemas estão em larga escala, uma realidade em vários órgãos de defesa do consumidor”, afirma Eclair.