Município tentou alternativas, diz prefeito

De acordo com o prefeito Paulo Piau, o município avaliou três alternativas para a administração do Hospital Regional José Alencar. No entanto, apenas uma delas foi viável. “A primeira que nós tentamos foi a Fhemig, cujo presidente já me disse que a política da Fundação não é pegar novos hospitais [para administrar], já que hoje há nove hospitais em construção no Estado. Se a Fhemig quisesse administrar o nosso hospital aceitaríamos na hora, pois é um hospital regional e não apenas de Uberaba. Mas a Fundação, categoricamente, disse não”, esclarece.

Piau afirma que a segunda opção analisada foi a própria Prefeitura assumir a gestão do hospital. “O prefeito disse não, porque todas as iniciativas frente aos demais municípios foram frustradas. E município não dá conta de gerir hospital. Há várias experiências por aí. Portanto, se já é um erro cometido, por que vamos errar duas vezes?”, questiona o prefeito.

A terceira alternativa identificada pelo governo municipal é entregar a gestão hospitalar para quem seja profissional na área. “O modelo que o Brasil encontrou foi justamente o das organizações sociais. Há uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) com questionamento junto ao Supremo Tribunal Federal que já tem dois votos favoráveis de ministros no sentido de considerar esse processo legal e legítimo. E como as OSs são profissionais da área, nós acreditamos que elas podem fazer melhor, com menor custo e prestando um serviço de mais qualidade à comunidade. Se essa expectativa frustrar teremos que achar outro caminho”, ressalta Piau.

O prefeito frisa que a OS não é uma empresa que tem lucro, caixa e suporte financeiro, e que simplesmente administra recursos. “Se o município deixa de cumprir os compromissos com a OS, os fornecedores e os servidores entram contra ela. Ou seja, a falha não é deles e sim de quem deixou de honrar seus compromissos”, justifica o prefeito.