Dia da Consciência Negra apresenta ações culturais

Fundação Cultural e parceiros promove hoje atividades na praça Magalhães Pinto (do Quartel) alusivas ao Dia da Consciência Negra. Mais que uma festa, a intenção é promover um dia para se refletir sobre a opressão e o sistema escravocrata, e isso será feito através de peças teatrais e uma gincana, promovendo atividades lúdicas para informar as pessoas.

Segundo o diretor de Cultura e Assuntos Afro da Fundação Cultural, Ubiraci Galvão Borges, conhecido como Mestre Café, a intenção desta data é levar a toda população o sofrimento que os escravos passaram, independente da cor, um sistema que, infelizmente, ainda é dominante e promove a desigualdade. “Junto com as escolas municipais e estaduais e centros culturais, vamos mostrar, através de peças teatrais e gincanas, o que o negro sofreu no período da escravidão”, diz.

As peças terão temas como “Puxada de rede”, demonstrando pesca, trabalho realizado pelos escravos; o “Maculelê”, com o corte da cana-de-açúcar; “Samba de Roda” e, também, o “Negro no Tronco”. Já a gincana recebe o nome “Palmares me Chama”, em que a população poderá participar e vivenciar Palmares. Será realizada ainda roda de capoeira.

“Através do contato, assistindo apresentações artísticas, a pessoa consegue entender melhor o que aconteceu na época da escravidão. É uma boa oportunidade para conhecer toda história. Ao contrário do que muitos pensam, esse não é um dia de festa, na verdade é uma ação afirmativa da desigualdade, visto que várias pessoas sofrem com o preconceito, não apenas pelo tom de pele. Por isso a data não é de festa, o que queremos é discutir para defender os direitos iguais”, explica Mestre Café.

Vale lembrar que as atividades serão desenvolvidas na praça Magalhães Pinto, das 17h às 22h. E a programação segue na próxima semana, no dia 24 de novembro, ainda em comemoração ao Dia da Consciência Negra, quando acontece a abertura oficial da exposição de pinturas “Samba dos Mares”, da artista Renata Prata.