CIDADE

Seca eleva os preços de hortaliças no comércio livre da Ceasa local

Oferta de hortifrutis cai na Ceasa e preços começam a subir. A seca prolongada está causando preocupação em vários setores este ano

Geórgia Santos
Publicado em 22/10/2014 às 21:41Atualizado em 17/12/2022 às 03:06
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Oferta de hortifrutigranjeiros cai na Ceasa e preços começam a subir. A seca prolongada deste ano está causando preocupação em vários setores e, com relação às hortaliças, as perdas estão aumentando significativamente e, com a falta do produto, os preços sobem e aqueles que estão sendo vendidos nos varejões não estão em perfeita qualidade. Esta é uma preocupação que assombra o consumidor, o comerciante e, por fim, o produtor, pois muitos estão repensando a plantação dos próximos meses.

Segundo o orientador de mercado da Ceasa, João Carlos Caroni, a cada comercialização os preços vão mudando e cada vez mais caros, com valores consideráveis. Nesta lista estão a abobrinha, o quiabo, e o grande destaque vai para o chuchu, cuja caixa de 22 quilos, que era vendida por R$40, subiu para R$70, e o jiló, que custa em média R$30 e atualmente está valendo R$70 a caixa 22 quilos. Para o consumidor, no caso do jiló, em alguns estabelecimentos está sendo vendido a R$5 o quilo. As folhosas também estão com preço bem salgado, subindo de R$12 para mais de R$15 a dúzia na cultura convencional.

E não é só valor que vem incomodando o consumidor. A qualidade das verduras também não é das melhores. Segundo Caroni, com a temperatura alta e falta de água os produtos se desidratam, e por isso fecha o ciclo produtivo mais rápido, e com isso a qualidade fica a desejar. “A expectativa do produtor não é nada boa. Ele não tem água para irrigação e nem mesmo condições financeiras para buscar recursos para amenizar a situação, já está com perda na produção e estes gastos são inviáveis. Em algumas propriedades a perda chega a 90%”, explica. Já para aqueles que ainda estão plantando, a área de cultivo em alguns locais reduziu em cerca de 50%, conforme a falta de água.

Diante desta situação, de acordo com o orientador, somente vai plantar aquele produtor que tiver condições para irrigação e, mesmo assim, é preciso ter cautela para medir a demanda de água que pode contar, e, a partir disso, fazer sua programação sobre o que tem disponível. Aqueles que contam apenas com a chuva devem repensar a produção. “Este terá sérios problemas, haja vista que a renda da família é garantida através das hortaliças. Não sabemos o que será no futuro”, afirma Carlos Caroni.

Além de preços altos, a falta dos produtos é uma consequência cada vez mais presente. Segundo Caroni, Uberaba não é autossuficiente e, por isso, importa produtos de outras regiões, que na verdade estão na mesma condição, com preços elevados e falta de hortaliças.

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