Funcionários da Funepu fazem greve a partir de 2ª

Funcionários da Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba realizam greve a partir desta segunda-feira (20). O grupo, formado por auxiliares e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos, auxiliares de farmácia, nutrição e funcionários da parte administrativa do Hospital de Clínicas, estará concentrado, a partir de 7h, na porta do hospital, cobrando garantias para a categoria diante da contratualização com a Ebserh.

De acordo com o presidente do Sind-Saúde, Juny Júnior Guimarães, não estão sendo respeitados alguns direitos trabalhistas. “Essa greve é de grande importância. Os funcionários da Funepu estão com receio quanto aos seus empregos diante da contratação da Ebserh. Quando houve a assinatura do contrato com o então reitor da UFTM, Virmondes Junior, foi dito que os funcionários seriam reaproveitados na nova gestão, mas não foi isso que aconteceu, e aqueles que não realizaram o concurso ou que fizeram e não passaram hoje estão preocupados com o emprego, sem saber em que prazo será feita a demissão”, explica o presidente.

Juny revela que, depois da contratualização, os dizeres foram outros, e hoje existem na fundação várias pessoas no período de pré-aposentadoria e não têm garantia alguma de que vão continuar no emprego, e o mercado não está propício a estas pessoas de mais idade. “Esta é uma das nossas inseguranças”, afirma Juny, ressaltando que houve várias tratativas de negociação com a Funepu e a Ebserh, mas com a reitoria da UFTM nunca tiveram a oportunidade de conversar e negociar a permanência destes funcionários no Hospital de Clínicas. Os funcionários que passaram no concurso também estão insatisfeitos. De acordo com o sindicalista, esses trabalhadores estão sendo forçados a pedir demissão para que a fundação reduza os valores das rescisões.

A partir desta segunda-feira os trabalhadores iniciam greve por tempo indeterminado, uma situação que pode interferir nas atividades no HC, atingindo a população não só de Uberaba, mas de outros municípios da macrorregião. Juny garante que serão respeitadas as normas e será mantida a quantidade essencial de trabalhadores atuando.