CIDADE

Músico questiona seleção de artistas para lives e diz que FCU privilegia profissionais

Um novo cadastro está sendo desenvolvido para atender os artistas após a chegada da verba prevista na Lei Aldir Blanc

Raiane Duarte
Publicado em 18/06/2020 às 15:01Atualizado em 18/12/2022 às 07:11
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Um dos setores que está sendo diretamente atingido pela pandemia do coronavírus é o artístico. Músicos, cantores e produtores buscam alternativas para sobreviver e para isso procuram apoio do poder público. Na cidade, a Fundação Cultural de Uberaba (FCU) lançou o projeto “Circuito Cultural On-line”. Contudo, a reportagem do JM Online recebeu reclamação sobre a seleção dos participantes.

Segundo um músico que preferiu não se identificar, a FCU estaria privilegiando alguns profissionais. “Estão colocando nas lives só a turma deles e amigos mais chegados da Fundação. Quem precisa mesmo está ficando para trás”, acusou o artista.

Outro questionamento é sobre a forma de cadastro. De acordo com o músico, não há informações e esclarecimentos de dúvidas. “Já tenho cadastro lá, mas estão pedindo outro cadastro e ninguém sabe qual. Não informaram ninguém, só alguns músicos que foram beneficiados. Não tem informação nenhuma da Fundação e não explicam pra ninguém como as coisas estão.”

A reportagem entrou em contato com a assessoria da autarquia, que afirmou que está sendo utilizado um cadastro que teve edital publicado no Porta Voz do Município no dia 24 de abril de 2019. Na época, o cadastramento teve o objetivo de incluir “artistas, bandas, grupos musicais, teatrais, DJ´s, VJ´s, apresentadores/animadores de eventos, dança ou cultura popular que comprovem a consagração pela crítica especializada ou pela opinião pública em âmbito local e/ou regional dos eventos culturais realizados pela FCU.”

A reportagem ainda questionou se não há um cadastro específico e se é possível fazê-lo atualmente. A Fundação pontuou que: “esse é de 2019 e é válido de acordo com a publicação no Porta-Voz. Um novo cadastro está sendo desenvolvido para atender os artistas após a chegada da verba para aqueles artistas que não se cadastraram no edital”.

A verba citada é a da Lei Aldir Blanc, que se for aprovada deverá viabilizar a Uberaba R$2,1 milhões para ações emergenciais e auxílio a trabalhadores do setor. No caso das lives, a FCU intermedia a divulgação das ações dos artistas locais nas redes sociais da Fundação. A presidente Jaine Basílio explicou no lançamento do projeto que a Fundação não podia pagar o cachê e apenas auxiliar com esta divulgação.

Quanto à verba da Lei Aldir Blanc e a redistribuição do montante caso ele seja disponibilizado, a assessoria pontuou que foi estabelecido um Grupo de Trabalho que visa auxiliar os trabalhadores da cultura caso a PL seja sancionada pela Presidência da República. 

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