SAÚDE

Minas Gerais registra 20 casos de malária e faz alerta a população

Outros cinco casos estão sendo investigados pelo Estado

Publicado em 22/08/2018 às 21:02Atualizado em 17/12/2022 às 12:45
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Foto/ilustrativa

Na tarde desta quarta-feira (22), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveu, na Cidade Administrativa, coletiva de imprensa para falar sobre a situação da malária no estado que, até o momento, registra 20 casos confirmados importados da doença e 05 casos suspeitos em investigação, que foram registrados na Regional de Saúde de Governador Valadares e que tiveram vínculo epidemiológico com a área de surto no estado do Espírito Santo.

O Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said, explicou sobre o atual cenário da doença que, até o momento, não tem sua circulação confirmada dentro de Minas Gerais. “Tendo em vista a ocorrência de casos notificados no estado do Espírito Santo e do registro dos casos suspeitos na Regional de Saúde de Governador Valadares e por ser um fato inusitado em nosso estado, é importante trazermos para vocês a atual situação e explicar o que está sendo monitorado”, afirmou o Subsecretário.

A SES-MG, bem como todas as demais Secretarias Estaduais de Saúde do país, trabalha com os casos suspeitos de Malária seguindo a definição do Guia de Vigilância do Ministério da Saúde que afirma que toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área em que haja possibilidade de transmissão da doença no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas e que apresente febre acompanhada ou não dos seguintes sintomas: cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço e mialgia. “A febre tem um papel fundamental na identificação desses pacientes. Normalmente a febre alta, em torno de 41 graus com episódios intermitentes é um indicativo de caso suspeito”, explicou Rodrigo Said.

Em 2018, até o momento, foram registrados no estado 20 casos confirmados importados de malária, ou seja, as pessoas não adquiram a doença em Minas Gerais. “Nossa última transmissão autóctone aconteceu no período de 2016/2017 numa região de garimpo no limite dos municípios de Diamantina e Couto Magalhães, que, na ocasião, teve 23 casos confirmados da doença e se caracterizou como uma transmissão localizada, frisou o Subsecretário.

Recentemente, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais foi informada da ocorrência de casos suspeitos e confirmados de malária causada pelo Plasmodium falciparum no estado do Espírito do Santo, nos municípios de Vila Pavão e Barra de São Francisco, com início da transmissão em julho/2018 até os dias atuais. Ambos os municípios são limítrofes ao Estado de Minas Gerais, próximos à área da Regional de Saúde de Governador Valadares.

 

 A doença

A malária é uma doença febril aguda causada por parasitas e que se diagnosticada e tratada corretamente em tempo oportuno, geralmente em até 48h a partir do início dos sintomas, tem cura. Das cinco espécies causadoras da malária humana, o Plasmodium falciparum, mais letal, e o Plasmodium vivax, são os mais comuns no Brasil. Em poucos dias de infecção o P. falciparum propicia quadro grave, por isto, todo suspeito de malária deve, de imediato, ser submetido ao exame laboratorial. Já o Plasmodium vivax apresenta um quadro clínico mais brando, porém se não tratado corretamente o paciente pode ter sérias complicações e chegar a óbito.

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