CIDADE

Empresários de som automotivo protestam contra ação da Guarda

Empresários do segmento de som automotivo estão revoltados com ação da Guarda Municipal, que tem fiscalizado e apreendido veículos com som em volume acima do permitido

Helena Cunha
Publicado em 20/07/2011 às 23:21Atualizado em 19/12/2022 às 23:14
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Empresários do segmento de som automotivo estão revoltados com ação da Guarda Municipal, que tem fiscalizado e apreendido veículos com som em volume acima do permitido. Para eles, a maneira com que os motoristas destes carros estão sendo tratados pela GM é como se fossem bandidos. Os empresários também se queixam do tratamento de “carros bomba” para os veículos, que eles classificam de “tunados”.

O empresário Cláudio Magno Santana explica que não estão contra a fiscalização, mas a forma como ela está sendo feita. “Veículos parados em blitz, mesmo que estejam com som desligado, são apreendidos por ter a aparelhagem instalada. Acho errado, não tem flagrante.” Outra questão levantada pelos empresários é o prejuízo das lojas que trabalham com venda e instalação de equipamentos de som automotivo. “Desde que a fiscalização começou, nosso serviço diminuiu em quase 100%”, garante Santana.

O empresário John Wayne Gomes afirma que o trabalho diminuiu bastante e quando aparece é para retirar o som.

Ambos são a favor da fiscalização da GM, porém que ela seja de outra forma. “Da maneira que está sendo feita, estão tratando as pessoas como bandidas”, ressalta Santana. Já Gomes explica que tem tido conhecimento que carro descaracterizado passa pelo local onde veículos estão com som ligado e faz a aferição e, em seguida, aciona a GM, para que faça a apreensão. “Acredito que deve ser feito tudo na hora, pois quem garante que foi aferido corretamente?”, questiona.

Santana inclusive comenta que empresários e adeptos desta modalidade preparam campeonato para setembro, que será realizado no CentroPark. “Aguardamos reunião com prefeito Anderson Adauto para resolvermos algumas questões relacionadas à área, onde queremos manter a prática desta atividade, mas com policiamento, praça de alimentação e tudo o que for necessário para agirmos dentro da lei”, conclui Gomes.

De acordo com comandante da Guarda Municipal, Marco Túlio Gianvecchio, ontem ele se reuniu com os empresários e deixou claro que a situação não é contra eles, e sim contra as pessoas que utilizam o som abusivo nos veículos. “Meu papel é de fiscalizador do município. Eles estão defendendo o trabalho deles, e eu, o interesse da população, que faz a reclamação.” Segundo Gianvecchio, a fiscalização irá continuar atendendo à solicitação dos moradores com serviço bem feito e amparado.

Mais de 10 veículos já foram apreendidos após o início da operação “Tolerância Zero”. Os carros apreendidos nessas circunstâncias são multados em 11 UFMs (Unidade Fiscal do Município), que vale R$150 cada uma. Os proprietários devem pagar multa de R$1,6 mil à vista e estar com a documentação do carro em dia para retirá-lo do pátio. Até 18h o som máximo permitido é de 70 decibéis; das 18h às 22h, o limite cai para 60 decibéis, e após este horário é permitido apenas o som ambiente.

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