POLÍTICA

Prefeitura analisa realizar reforma do Mercadão sem a saída de lojistas

Gisele Barcelos
Publicado em 24/05/2022 às 21:57Atualizado em 18/12/2022 às 19:46
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Secretário interino de Obras participou da reunião da prefeita Elisa com os permissionários ontem no Centro Administrativo (Foto/Divulgação)

Atendendo à solicitação de permissionários, Prefeitura estudará alternativa para executar obra de revitalização sem transferir lojas para outro imóvel. O compromisso foi firmado ontem pela prefeita Elisa Araújo (Solidariedade), após reunião com os lojistas. Uma proposta está sendo analisada para realizar o serviço por etapas e a equipe da Secretaria de Obras deve apresentar uma resposta daqui a duas semanas.

De acordo com a chefe do Executivo, os permissionários demonstraram as dificuldades que seriam causadas pela transferência de todas as lojas durante o prazo total da obra, especialmente depois do impacto nas vendas por causa do período de pandemia. “O problema seria tirar todo mundo de lá e ficar oito meses fora e depois voltar. Eles relataram que na outra reforma, em 93, ficaram com muitos prejuízos e alguns até tiveram que fechar. Não conseguiram retomar”, conta.

Ainda segundo Elisa, em alguns casos, não haveria estrutura para o remanejamento, devido à necessidade de instalação de câmaras frias para conservação dos produtos. Além disso, a chefe do Executivo manifestou que o gasto seria alto para transferir todas as lojas para outro imóvel até a conclusão da obra. “A Prefeitura iria acabar tentando investir na mudança junto com eles, o que não está programado”, acrescentou.

A prefeita adiantou que a possibilidade em estudo é a execução do serviço por etapas. Com isso, à medida que a obra avançasse, apenas as lojas do setor específico seriam temporariamente realocadas para estandes montados na área externa do Mercadão. “Vamos discutir com a área técnica se as lojas previstas naquela fase poderiam ficar por 15 ou 20 dias do lado de fora em uma área com tapume, onde seria montado um estande temporário”, salientou.

A chefe do Executivo posicionou que deu prazo de 15 dias para a equipe da Secretaria de Obras analisar a questão e buscar uma solução para avançar na execução da obra. Segundo ela, empresas de engenharia da cidade também serão chamadas para debater alternativas viáveis para consolidar a revitalização do Mercado sem a retirada de todas as lojas do prédio.

No entanto, a prefeita argumentou que também deixou claro para os permissionários que será necessária flexibilidade por parte dos lojistas para que a obra seja concretizada. Do contrário, ela afirmou que a Prefeitura pode até desistir da revitalização do imóvel. “Se a gente não encontrar um caminho que seja viável para executar a obra, a gente terá que abortar a missão. Acho que não é isso que eles querem. Foram enfáticos que entendem a necessidade e querem que a reforma seja feita, mas terão que abrir mão. Assim como nós vamos ter que encontrar uma solução técnica para resolver. Nosso objetivo é encontrar um equilíbrio para não prejudicar ninguém e não atrapalhar a obra”, encerra. 

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