CIDADE

Preço Bomba ainda não é eficaz para analisar cartelização de postos

App completou um mês de funcionamento, software opera sem bugs, mas não é possível afirmar que gerou competitividade de preços

Raiane Duarte
Publicado em 12/02/2020 às 17:56Atualizado em 18/12/2022 às 04:13
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Até o início da semana 7300 downloads do aplicativo “Preço Bomba” haviam sido feitos. O app completou um mês de funcionamento no último domingo (9). Os usuários do sistema operacional Android começaram a baixar o app a partir do dia 9 de janeiro e os de iOS no dia 21 de janeiro.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Informática de Uberaba – Codiub, desenvolvedora do app, o software superou as expectativas no quesito tecnologia. “Quanto aos bugs iniciais é natural que tenham ocorrido alguns problemas, mas foram corrigidos conforme foram surgindo. O sistema passa por constante evolução, atendendo a sugestões dos usuários”, pontuou a assessoria.

A reportagem entrou em contato com a Fundação Municipal de Defesa ao Consumidor (Procon) para verificar se houve adesão dos postos, para que eles alimentassem os preços do app e se está gerando competitividade. O assessor de gabinete, Claudir Mateus, ressaltou que o Procon não tem a gerência e controle do app e que, quanto ao que cabe ao órgão, esclareceu apenas que: “foi constatado em pesquisa uma redução no preço dos combustíveis desde meados de dezembro de 2019”.

As pesquisas do Procon eram postadas no Linktree, porém a última foi adicionada no dia 21 de janeiro. Quanto a essa questão, mesmo não sendo divulgadas, Claudir afirmou que as pesquisas continuam sendo realizadas semanalmente.

Os donos de postos de combustíveis não são obrigados a informar diariamente os preços para atualização de aplicativo. Inicialmente foi sugerido pelo Ministério Público (MP) um projeto de Lei para que os proprietários fossem obrigados a repassarem os valores, porém não foi aplicado.

Quanto à atuação do MP, a promotora de Defesa do Consumidor, Monique Mosca explicou como está a situação. “Eu só vou atuar agora se tiver alguma informação de alguma ilegalidade, passada ou pelo gestor do app, a Codiub ou pelo Procon, até o momento eu não tive nenhuma informação nesse sentido”.

A promotora ainda contou que não é possível fazer uma interferência mais incisiva para analisar o nivelamento de preços e uma possível prática de cartel. “Sobre possível efeito positivo de alterar os preços, conferir maior transparência, não tem como ter qualquer tipo de gerência porque é um projeto voluntário da prefeitura”, pontuou. 

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